Te deixo entrar em minha casa, mesmo se for tarde da noite. Te deixo tocar minha boca, se as palavras que disser forem as certas. Se você pagar o preço, te deixo ir mais fundo. Mas existe um jardim secreto que escondo... Te deixo entrar no meu carro pra ficar dando voltas sem rumo. Te deixo penetrar minha pele, e isso vai te derrubar. Te deixo entrar em meu coração, se você tiver um martelo e uma cavilha. Mas no dentro do jardim secreto, nem pense nisso... Você andou milhas até aqui, mas até onde você iria? Para aquele lugar que você não consegue se lembrar, mas não pode se esquecer... Eu vou te levar por um caminho, terá carinho no ar. Vou te deixar chegar perto o suficiente para que você saiba que eu estou realmente lá. Vou olhar para você e sorrir, e meus olhos vão dizer que tenho um jardim secreto... Onde tudo o que você quer Onde tudo o que você precisa Sempre estará milhas e milhas distante...
Adeus, 2008.
Te deixo entrar em minha casa, mesmo se for tarde da noite. Te deixo tocar minha boca, se as palavras que disser forem as certas. Se você pagar o preço, te deixo ir mais fundo. Mas existe um jardim secreto que escondo... Te deixo entrar no meu carro pra ficar dando voltas sem rumo. Te deixo penetrar minha pele, e isso vai te derrubar. Te deixo entrar em meu coração, se você tiver um martelo e uma cavilha. Mas no dentro do jardim secreto, nem pense nisso... Você andou milhas até aqui, mas até onde você iria? Para aquele lugar que você não consegue se lembrar, mas não pode se esquecer... Eu vou te levar por um caminho, terá carinho no ar. Vou te deixar chegar perto o suficiente para que você saiba que eu estou realmente lá. Vou olhar para você e sorrir, e meus olhos vão dizer que tenho um jardim secreto... Onde tudo o que você quer Onde tudo o que você precisa Sempre estará milhas e milhas distante...
Mas no fundo, por mais que eu esconda, não consigo evitar de lembrar de tal coisa. Tudo o que eu queria mesmo é que isso desaparecesse... que pudesse ser apagado da minha memória.
Mas não adianta dizer do que se trata, afinal, o que você(seja quem for) poderia fazer se soubesse?
Tudo isso graças à uma música que ouvi, que me fez lembrar do que não queria, do que eu escondia de mim. Percebi depois de escuta-la que este acontecimento passado me gerou um certo trauma... um tipo de dor, raiva, ódio, medo, impotência, fragilidade; eu sentia tudo isso, ainda sinto, mas não sabia que tudo estava ligado à tal acontecimento.
Até que pensei, lembrei de cada detalhe, cada minuto, segundo, cada ação, cada toque daquilo... e um certo nojo me deu, um gosto horrível de vômito na boca... e toda aquela dor, raiva, todos aqueles sentimentos estavam ligados realmente à aquela noite que eu preferi esquecer, mas nunca realmente esqueci.
Talvez tenha sentido tudo isso durante todos esses anos porque resolvi deixar pra lá, esconder, e nunca contar à ninguém, nem mesmo para mim.
Era e ainda é tudo muito confuso dentro da minha cabeça, na minha memória(que ainda está bem viva em relação à isso), não sei se sei exatamente como lidar com isso, quando contei pra um amigo ele me disse pra esquecer, que era besteira eu ficar assim por isso, outra pessoa me disse o mesmo, "just let it go.", mas não dá... é como um assunto inacabado.
Mesmo depois de contar a tais pessoas de confiança, ainda sinto que estou sozinha nisso, só a gente sabe o que sente sobre algo que aconteceu conosco... a opinião de alguém de fora pode ajudar, mas tal pessoa não estava lá no seu lugar, não sente o que você sente... no fundo, nossos sentimentos são solitários, e é isso.
E é assim, sozinha, que eu tenho que "let it go". Mesmo sentindo que preciso de apoio, o apoio nada pode fazer para que isso desapareça.
E pra essas duas pessoas que me ouviram, à primeira principalmente, sinto muito se fui ignorante, fria, sarcástica e má em minhas palavras, não foi a intenção... mas só senti que não devia ter falado nada, porque continua a mesma coisa... só que depois de falar, e com detalhes, pareceu mais real, mais perto... como se tivesse acabado de acontecer, e já com certa consciência do tal acontecimento e de como agi no momento, depois e durante todos esses anos, até então, me senti mais que impotente, me senti mais que frágil, inútil.
É como uma caixinha de cristal... que eu te mostrei, abri, você viu o que tinha dentro mas não viu o que eu vejo. E não pôde consertar ela pra mim. Oras, nem eu consigo.
Mas enfim, eu vou seguindo em frente com isso, faz parte da minha vida, as piores partes também fazem, nos fazem mais forte, certo? Bom, não posso dizer que não aprendi com isso... talvez nem seja um trauma, e sim uma lição... pois nunca mais se repetiu. À pouco tempo, quando quase aconteceu novamente, eu não fui aquela garotinha frágil e boba... eu fui mais uma lutadora de boxe campeã.
E em situações similares, o "sexo frágil" foi colocado de lado e os instintos de alguém que se fortaleceu por dentro através do tempo veio à tona, e foi muito satisfatório.
Mesmo ainda tendo problemas com aquela situação lá, de lá atrás no tempo, que me deu um belo knockout, só agora eu vejo que me levantei e aprendi a ser mais forte.
Se tem uma frase que descreve isso, esta é:
"Eu estou em guerra com o meu mundo, mas estou vencendo."
O ano acabando... e como eu disse em algum post anterior, que ainda tinha muito pra acontecer e com o tempo eu ia postando tais coisas, esta é uma delas... não importa a minha situação atual, nem o amanhã, eu estou sempre vencendo. E é assim que vai ser sempre.
Meu final pode não ser feliz, mas vai ser de salto alto.

Eu recebi mais um pedido de casamento hoje. De mais um cara com quem eu não me casaria, nem se quisesse me casar. Detalhe: pedido de casamento é broxante, então nem pegável ele é. Rejeitei mais uma vez o rolo que tenho à anos. Detalhe: estou subindo pelas paredes melhor que uma lagartixa já. O único por quem eu me deixaria me apaixonar é também o único por quem eu NÃO me deixaria me apaixonar. Amo demais ele pra isso. Conheci dois caras essa semana... se fossem e-mails, diria que "vi que recebi, nem abri e deletei." Mas tudo bem... o ano AINDA não acabou... ainda pode acontecer algo bom ou interessante, ao invés de tudo o que tem acontecido. E a falta de saco pra tudo e qualquer coisa, qualquer mesmo. Em destaque, um pouco como me sinto nesse lugar, de pessoinhas cada dia mais medíocres, onde vivo ...as vezes me sinto meio auto destrutiva como Piaf, outras meio sarcástica e canalha como Bukowski... mas confesso que, na grande maioria das vezes me sinto como Clarice... triste, sem admitir minha tristeza... E minhas questões pessoais continuavam tão más e lamentáveis quanto no dia em que nasci. A única diferença era que agora eu podia beber de vez em quando, embora nunca o suficiente. A bebida era a única coisa que impedia uma mulher de se sentir para sempre atordoada e inútil. Todo o resto ia furando e furando sua carne, arrancando seus pedaços. E nada tinha o menor interesse, nada. As pessoas eram limitadas e cuidadosas, todas iguais. E eu teria que viver com esses fodidos pelo resto da minha vida, pensei. Deus, todos eles tinham cus e órgãos sexuais e bocas e sovacos. Cagavam e tagarelavam, e todos eram tão inertes quanto esterco de cavalo. As garotas e os caras pareciam legais a certa distância, o sol resplandecendo em seus vestidos e roupinhas toscas, em seus cabelos. Mas vá se aproximar e ouvir seus pensamentos escorrendo boca afora, você vai sentir vontade de cavar um buraco ao sopé de uma colina e se entrincheirar com uma metralhadora.
Todos somos criminosos em potencial
Eu sou a ausência de ar que espera no inicio de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece, a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Eu sou a chave que destranca todas as portas.
Eu sou a glória da descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado e proibido. Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.
Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos.
Eu e o Deus das trevas o manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei. Até o dia em que terei o maior prazer de encontra-lo na encruzilhada entre os mundos.
Sabedoria e a capacidade de dar poderes são os meus presentes.
Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou. Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e ficarei com você ate que você retorne a mim no crepúsculo final.
Eu sou a amante apaixonada e sedutora que inspira o poeta a sonhar.
Eu sou aquela que te chama ao fim de sua jornada. Quando o dia se vai, minhas crianças encontram seu descanso abençoado em meus braços.
Eu sou o útero do qual todas as coisas nascem.
Eu sou o sombrio, silencioso túmulo; todas as coisas devem vir a mim e suportar a morte e o renascer para o todo.
Eu sou a Bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças ate mim. Eu corto as gargantas dos cruéis e bebo o sangue daqueles sem coração. Engula seu medo e venha ate mim, e você descobrira verdadeira beleza, forca e coragem.
Eu sou a fúria que dilacera a carne da injustiça.
Eu sou a forja incandescente que transforma seus demônios internos em ferramentas de poder. Abra-se a meu abraço e domínio.
Eu sou a espada resplandecente que te protege do mal.
Eu sou o cadinho no qual todos os seus aspectos se misturam em um arco-íris de união.
Eu sou as profundezas aveludadas do céu noturno, as brumas rodopiantes da meia-noite,
coberta de mistério.
Eu sou a crisálida na qual você ira encarar o que te apavora e da qual você ira florescer vibrante e renovada.
Procure por mim nas encruzilhadas e você será transformada, pois uma vez que você olhe para meu rosto não existe volta.
Eu sou o fogo que beija as algemas e as leva embora.
Eu sou o caldeirão no qual todos os opostos crescem para se conhecer de verdade. Eu sou a teia que conecta todas as coisas.
Eu sou a curadora de todas as feridas, a guerreira que corrige todos os erros a seu tempo.
Eu faço o fraco forte. Eu faço humilde o arrogante. Eu ergo o oprimido e dou poderes ao desprivilegiado. Eu sou a justiça temperada com compaixão.
Eu sou você, eu sou parte de você, estou dentro de você.
Procure-me dentro e fora e você será forte. Conheça-me, aventure-se nas trevas para que você possa acordar com equilíbrio, iluminação e plenitude. Leve meu amor consigo a toda parte e encontre o poder interior para ser quem você quiser.
A Ditadura da Beleza
humanos, mas, por desconhecermos o teatro da nossa mente, não
percebemos que jamais esses direitos foram tão violados nas
sociedades democráticas. Estou falando de uma terrível ditadura que
oprime e destrói a auto-estima do ser humano: a ditadura da beleza.
Apesar de serem mais gentis, altruístas, solidárias e tolerantes do que
os homens, as mulheres têm sido o alvo preferencial dessa dramática
ditadura. Cerca de 600 milhões de mulheres sentem-se escravas dessa
masmorra psíquica. É a maior tirania de todos os tempos e uma das
mais devastadoras da saúde psíquica.
O padrão inatingível de beleza amplamente difundido na TV,
nas revistas, no cinema, nos desfiles, nos comerciais, penetrou no
inconsciente coletivo das pessoas e as aprisionou no único lugar em
que não é admissível ser prisioneiro: dentro de si mesmas.
Não me sai da cabeça, "But in your dreams, whatever they be... dream a little dream of me."
Meu lado racional, me diz que esse é meu lado sentimental me mandando uma mensagem do inconsciente. Mensagem que pode ser traduzida com um simples "pense em mim".
Isto está me deixando um pouco mais maluca do que o normal, meus cinzeiros estão transbordando, minha alimentação é a base de simplesmente coca-cola 1 litro garrafa de vidro(a melhor) e calmantes.
"...And fill your heart with smoke...".
E sinceramente não sei o que fazer para me distrair destes pensamentos incômodos, e lembrando do que li recentemente no blog de lady Lilya, tudo o que me resta é "Every now and then I get a
little bit angry and I know I've got to get out and cry...", Mas não tenho para onde ir, não tenho onde ficar porque "There's nothing I can do, It's a total eclipse of the heart".
Me conforta lembrar que "you'll always be the only boy who wanted me the way that I am", porque tudo o que faço nestas e outras situações emocionais, a questão que fica em minha mente conturbada é "Stupid girl, what have you done?".
Não sei o que dizer, penso demais... deixo que as músicas falem por mim.
"Não fique pela metade, vá em frente minha amiga. Destrua a razão neste beco sem saída."
Sim, é um beco sem saída, aparentemente, mas não é uma pitada de razão o que eu preciso? Afinal, "E eu perdi as chaves, mas que cabeça a minha?!", É, preciso usar mais a cabeça.
É totalmente coração, emoção, sentimento, enfim... "Meu bem, você me dá agua na boca... De tanto imaginar loucuras."
Preciso talvez é parar de fantasiar simplesmente, "Sou o desejo maldito e bendito, profano e covarde. Nem lhe cobro, rapaz. Ordene e não peça, muito me interessa a sua potência, seu calibre, seu gás.
Eu quero é derrapar nas curvas do seu corpo, surpreender seus movimentos, virar o jogo... Quero beber o que dele escorre pela pele, e nunca mais esfriar minha febre."
Me voltando um pouco aos filmes, um em especial,
"I hate the way you talk to me, and the way you cut your hair. I hate the way you drive my car. I hate it when you stare. I hate your big dumb combat boots, and the way you read my mind. I hate you so much it makes me sick; it even makes me rhyme. I hate it, I hate the way you're always right. I hate it when you lie. I hate it when you make me laugh, even worse when you make me cry. I hate it when you're not around, and the fact that you didn't call. But mostly I hate the way I don't hate you. Not even close, not even a little bit, not even at all."
É aqui mesmo, mas tenho que ir.
Durante a maior parte da minha vida não só não demonstrei afeto algum por quem quer que fosse, como não sentia o mesmo.
Pais, irmão, toda a família, colegas de classe... via eles como pessoas e nada além disso, o que são, claro. Eram como robôs, todos iguais... falando igual, andando igual, sonhando igual... Menos eu.
Cogitava diferentes futuros para mim, todos "fora do meu alcance". Pensava no porque eles queriam todas aquelas mesmas coisas, porque falavam daquelas coisas, brincavam daquele jeito.
Sempre me olharam diferente, como se eu fosse o patinho feio ou a ovelha negra, talvez porque eu olhava eles diferente também. Mas sempre foi tudo interno... raramente me expressava.
Um dia, algum dia, resolvi me expressar... falar do meu jeito, andar do meu jeito, deixar que vissem meu jeito de pensar... e nada mudou, continuaram me olhando diferente, e eu continuei olhando eles diferente.
Não somos da mesma espécie, talvez. Me deparo com isso em qualquer lugar que eu vá.
Mas mesmo assim, continuei bloqueando o lado sentimental, jamais demonstrando afeto ou coisa do tipo pra quem quer que fosse. Com uma diferença... eu já sentia.
Então deixei as pessoas de lado e resolvi pensar em como eu penso, no porque eu penso como penso e no porque eu penso. Foi quando me internei em um sanatório dentro de mim. Uma viagem mística na qual eu aprendi tanto, que não sei ainda lidar com tanta informação, falta uma peça.
E dentro de toda essa confusão mental/psicológica/emocional, passei a sentir... sentir mais, muito mais.
Sentir tanto que qualquer coisa me fazia chorar, alegria, raiva, amor, ódio, afeto, desapego, ignorância, futilidade, tédio, solidão, saudades, excesso de convivência, nostalgia, sonhos perdidos ou deixados de lado, metas "impossíveis", situações-histórias-pessoas-eventos que aconteceram antes mesmo de eu nascer, músicas, filmes, comerciais, carência, ócio, coisas que imagino/viajo quando me deito e sonhos que me lembro ao acordar. Tantas coisas... e tudo dói. O mundo dói demais em mim. Do âmago do meu ser, eu grito desesperadamente, choro sem conseguir parar ou saber o porque de estar chorando, sinto uma dor que parece vir do além, e então passa.
No fim das contas, sentir demais é ruim, ainda mais quando você não sabe o que sente, ou porque sente.
Só eu sei o que é isso que eu sinto, e nem eu mesma sei o que é. Só eu vi acontecer, só eu me consolei e me dei tapas na cara nessas horas, só enchi a cara junto com a garrafa, só desejei dormir e nunca mais acordar, só.
É, só...
Paper...
Você a acha interessante, intrigante, misteriosa. Até que... a intimidade estraga tudo.
Você percebe que o que era interessante, é na verdade vazio, fútil, os "papos cabeça" eram um script decorado para esconder a burrice e a real falta de assuntos de conteúdo.
O que era intrigante, era posteriormente o seu desejo de descobrir o que mais de interessante havia no tal, mas sobre isso nem preciso mais comentar.
E o que havia de misterioso... era simplesmente uma máscara que tal pessoa usava para esconder o loser que é.
E eu, mais uma vez, percebo que não perdi a esperança de que alguém que eu conheça tenha ao menos conteúdo; conteúdo útil.
De que não seja um(a) imbecil sem argumentos que, quando você quebra sua máscara, tenta te atingir e afetar com tolices sem sentido, -sem sucesso; e fugas.
É então quando eu perco a credibilidade no ser humano e sinto pena da bolha onde eles vivem. Pobre bolha, ter que abrigar isso aí...
Ainda bem que vivo no mundo.
(Não foi por falta de aviso.)
Nada, esquece.
Você me manteve de pé. Me tornou completa.
Eu devo tudo à você... Você não me deve nada.
Eu não quero fazer isso sozinha, nem mesmo sei se posso.
E se eu desistir agora, eles vencem. E eu não posso fazer isso com você."
Todos temos(ou deveríamos ter) alguém com quem contar nos momentos de mais necessidade. Um amigo, um amor, um pai ou mãe, um irmão, um animal de estimação, um completo estranho.
Todos temos a necessidade de ter alguém em quem confiar nossos segredos, ânsias, alegrias, felicidades. Afinal, é chato guardar para si.
Não só chato... é solitário, deprimente.
Quem diz que "não precisa de ninguém" mente. Sim, mente.
Mente porque ninguém gosta de se sentir triste, de chorar sozinho, abraçar o travesseiro que não tem palavras pra te consolar, quem vai dizer que tudo vai ficar bem, discutir seus problemas com o ator do filme que está passando na TV, dar um soco no próprio estômago.
Gritar de alegria pela casa, e olhar ao redor e ver a mesa e as cadeiras, as paredes, o tapete, imóveis e cheio de silêncio.
Não ter aquele que sentirá orgulho de seu grande feito, que vai afirmar que sabia que tudo daria certo.
A maioria das pessoas sentem a necessidade de ter várias pessoas ao seu redor, pessoas que consideram amigos, mesmo que não sejam, para que quando precisarem, então, terão aquele de seu lado. Aquele que não se importa, mas está lá; é isso que importa. (?)
Quando você sente o descaso desses por você e seus sentimentos, que ele só está lá porque você o procurou, e não porque para ele isso é importante, uma das alternativas é se fechar.
Se fechar para as pessoas, para o mundo.
E então, quase que mágicamente, essas pessoas desaparecem. Até que você liga um dia e ela diz: "você sumiu!".
Mas você não sumiu... você continuou no mesmo lugar de sempre, certo? Mesmo nome e sobrenome, endereço, telefone.
Você, na verdade, nunca existiu.
Porque assim como você precisava de pessoas ao seu redor por conveniência, eles também. E você era só mais um.
E então vem o vazio. Áh, o vazio!
Você tenta fugir dele, mas ele está dentro de você, se torna seu demônio interior, mas desta vez... você pode vê-lo e senti-lo.
E no meio da multidão, será que alguém realmente se importou com você? Pensava em você? Sentia por você?
Não. Essa pessoa sentia por você sem que ao menos você percebesse, não olhava pra você, via você. Não ouvia você, escutava você. Mas ele não era ninguém. Então você se esqueceu dele.
Agora você está sozinho, parabéns, você é humano. Podre e vazio, pois jogou fora a coisa mais preciosa, talvez, que você pudesse ter na vida.
Mas isso tudo é claramente óbvio.
Então, retrocedendo, multidão... Tenha a sua.
Seus amigos que sempre estarão lá pra beber com você, pra discutir coisas da vida que não vão levar à lugar algum com você, pra completar seu vazio que ainda não sabe que existe, conscientemente.
Tenha seus amigos, sua vida social, seu fígado, sua faculdade, seu namorado, seu trabalho, seu marido, seus filhos, sua promoção na empresa, suas bodas de prata, sua menopausa, sua aposentadoria, seus netos e sua morte tranqüila e morra feliz ever after.
Perdida no tempo
Já tive um mundo imaginário que era mais real que este aqui.
Noite passada, tomei um remédio pra dormir que se ingerido em quantidades excessivas pode causar sérias alucinações, fora os sintomas triviais.
Eu dormi... Acordei diversas vezes durante a noite, nas primeiras vezes eu não sabia onde eu estava... até que olhava ao redor e via que estava em casa.
Outras vezes que acordei, não sabia o que eu estava fazendo em casa, não lembrava como tinha voltado de Marília.
Nas outras vezes que acordei, escutando vozes de pessoas sendo que a casa estava vazia. Perdida no tempo, não sabia que dia era nem se o horário era da tarde ou da manha. Preocupada em pegar o ônibus pra ir pra Marília até que lembrava que já tinha ido e voltado, antes de tomar o remédio.
Vi 3 vezes, se não me engano, alguém ao meu lado... mas quando olhava não tinha ninguém.
Com a visão totalmente turva, danos de cerca de 80% na coordenação motora, fraqueza, leveza, alucinações e a mente distorcida, volto a me questionar... Mesmo sem tomar remédio algum...
Você tem certeza de que o chão também não pode ser o teto?
Levante-se!
Jogue fora a charada da sua vida
Deixe a chama do meu coração queimar
Sua complacência esta noite
Eu te comando a levantar-se!
Lave a decadência de sua vida
Sinta a luz de seus olhos encontrar o caminho
Através da escuridão esta noite
Sem temer ninguém.
Você realmente pensa que eu cobiço como você?
Venha, me tire daqui
Remova o medo de meus olhos
Sinta a chama de meu coração queimar
Toda a conversa esta noite
Escutando ninguém.
Eu sou preciosa pra você agora?
Agora levante-se!
Dê as costas à vergonha da sua vida
Sinta a luz de meus olhos
Oferecendo consolação esta noite
Sem temer ninguém.
Você realmente acha que eu quero isso como você?
Venha, me leve embora
Remova o medo de meus olhos
Sinta a chama do meu coração queimar
Toda a conversa esta noite
Sem escutar ninguém.
Sem temer ninguém.
Salvadores de minha alma.
Sou preciosa pra você agora?
Agora, não posso mais parar
Pura emoção
Caindo dos meus olhos
Você esta reivindicando
Liberando
Salvadores da minha alma
Agora levante-se!
Jogue fora a charada da sua vida
Deixe a chama do meu coração queimar
Sua complacência esta noite
Sem temer ninguém.
By Disturbed.
Tradução por eu mesma.
Estou viva, há
E nunca mais serei lembrada
De ter vivido dentro do mundo dos exaustos
Eles matam a inspiração
É minha obrigação não permitir que isso aconteça novamente
Por onde eu começo?
As escolhas são infinitas
Negando o pecado
Minha arte, minha redenção
Eu carrego a tocha de meus ancestrais.
A coisa mais preciosa na minha vida não pode ser tirada de mim
Eles nunca serão um motivo para eu me render ao seu conselho
Para mudar o que eu sou, prefiro morrer
Embora eles não entenderão
Eu não farei o maior sacrifício
Você não pode prever aonde isso vai chegar
Você nunca vai me levar viva
Eu estou viva, viva!
Mudar novamente esta fora de cogitação
Me estresso novamente, extraindo minha raiva
Por onde eu começo?
As escolhas são infinitas
Minha arte, minha redenção, minha única salvação
Eu carrego o dom com o qual fui abençoada
Minha alma à deriva dos oceanos da loucura
Reparando aquilo que você quebrou em mim
Eu não estou sozinha, irmãos, me dêem suas braços agora
A coisa mais preciosa na minha vida não pode ser tirada de mim
Eles nunca serão um motivo para eu me render ao seu conselho
Para mudar o que eu sou, prefiro morrer
Embora eles não entenderão
Eu não farei o maior sacrifício
Você não pode prever aonde isso vai chegar
Você nunca vai me levar viva
Eu não sou uma escrava
Esta se sentindo corajoso?
Ou perdeu a cabeça?
Chega de jogos
Não vai mais ser a mesma coisa
Se eu conter minha raiva
Não há sentido
Minha alma esta sangrando
Já tive o suficiente do seu tipo
Uma sugestão, use sua discrição
Antes de me rotular cega
A coisa mais preciosa na minha vida não pode ser tirada de mim
Eles nunca serão um motivo para eu me render ao seu conselho
Para mudar o que eu sou, prefiro morrer
Embora eles não entenderão
Eu não farei o maior sacrifício
Você não pode prever aonde isso vai chegar
Você nunca vai me levar viva
Eu estou viva
Estou viva!
By Disturbed.
Tradução por eu mesma.
Estresse
Eu não vou tomar remédios pra isso passar... eu só quero que ele vá embora e me deixe em paz.
Sabe... uma tremenda falta de saco pra tudo... qualquer coisa, qualquer pessoa, pra comer, beber(menos coca-cola... a vontade de tomar diariamente é incontrolável.), sinto calor aí do nada sinto frio, acordo com dores no corpo e marcas roxas em vários lugares, não consigo mais fumar o cigarro que costumava fumar, e nem quero mais fumar por mais que sinta vontade... até arrumei uns adesivos de nicotina, deu certo... quando acendi um cigarro e dei um trago, senti aquele gosto ruim de quando fumei pela primeira vez.(Okay, também não fumava à 2 dias.) Mas por falta de saco mesmo... não tenho vontade nem de levantar do sofá, só quando meu irmão chega aqui e começa a fazer barulho com o computador e a TV, e ele fala sozinho igual eu... e eu fico mais irritada, mas não tenho saco nem pra gritar com ele... não quero ficar no meu quarto, não quero ficar lá fora com meus cães, ontem vi um gato que me lembrou muito o meu gato e me bateu aquela saudade e eu desmaiei na calçada(ainda bem que foi na frente de casa). Eu trombo com tudo, parece que a parede e todas as outras coisas inanimadas resolveram entrar no meu caminho só pra me ferrar mais ainda. Eu fico nervosa, brava, feliz, animada, magoada, triste muito fácil. Muito mesmo.
Não é como TPM, é como uma menopausa fora de época(BEM fora de época).
Pra falar a verdade eu nem sei o que é sofrer de TPM porque eu nunca mudei... nunca fiquei assim na tal da TPM. Mas dizem que é parecido... Enfim.
Eu não acredito em Deus nem nessas porcarias, pra mim deus nada mais é do que um conceito pelo qual as pessoas medem seus sofrimentos e suas alegrias e bla bla bla.
Mas esses dias eu comecei a chamar meu pai... pra ver se ele respondia(ele não respondeu, okay? estou estressada, não com problemas mentais.(mais)) e continuei falando e falando e falando sozinha... eu queria que ele respondesse, mas não do além, é óbvio!
É foda... precisar de alguma coisa ou alguém que é simplesmente impossível de se ter.
É como quando eu percebi(demorei, mas percebi) que eu comecei a fumar assim e beber desse jeito logo depois que ele morreu... Eu estava tentando de alguma forma preencher o espaço vazio que havia lá dentro... que eu ainda não tinha consciência que existia, Enfim...
Seja lá que merda for essa, é bom passar logo porque eu to de saco cheio de estar estressada!
Isso definitivamente não é legal!
Pior... tem uma pessoa que eu venero(okay, não é pra tanto... admiro.) que esta passando pela mesma coisa que eu, mesmos sintomas, mesmo diagnóstico. Eu geralmente acharia isso legal... porque temos coisas em comum, essa seria mais uma! Ruim, porém mais uma... e ao mesmo tempo!
Mas não... eu quero que essa merda passe logo, sem remédios, sem tratamentos... Não precisei de nada disso pra ficar estressada assim, então esse estresse vai ter que ir embora sozinho.
E o pior... eu estou começando a ter bastante vontade de pintar o cabelo de preto! PRETO! Sabe o que isso significa? Que meu cabelo não será mais vermelho, VERMELHO!! A cor que eu amo!
Essa é uma vontade ridícula! E eu estou quase fazendo isso... mas logo depois que fizer vou querer meu cabelo vermelho de volta!
Vou acabar de cavar minha mini-cova e enfiar a cabeça lá dentro denovo.
Adiós.
The Notebook
(Nicholas Sparks)
[Do lat. quaerere, 'procurar'.]
Oi, quero que as horas passem logo pra eu poder ficar feliz e preocupada ou cavar uma cova funda e me soterrar. Sem meio termo.
Oi, quero encontrar muitas pessoas, cuspir na cara delas e encher elas de porrada até que eu não aguente mais.
Oi, quero a ótima companhia de uma ou duas pessoas que não posso ter. Três, okay.
Quero dormir mas estou sem sono. Já tomei calmantes, mas não fizeram efeito.
Quero jogar sinuca e depois enfiar a bola oito na boca... de algum velho tarado desdentado.
Quero parar de fumar, mas eu não to com vontade, então teria que tomar um remédio caro que engorda e eu não quero engordar.
Quero voltar no tempo e ir em um show do Chuck Berry antes dele ficar famoso em algum bar sujo de blues em New Orleans.
Quero falar pro Jimmy Page que o solo dele em Since I've Been Lovin' You me fez chorar feito um bebê quando ouvi pela primeira vez. E que essa não foi a única vez.
Quero conhecer Robert Ressler antes dele morrer.
Vou continuar querendo...
Enfermagem.
Tenho uma vontade quase que incontrolável de querer cuidar das pessoas por quem sinto algum afeto.
Sempre me "sacrifiquei" pelos outros, me deixando de lado pra cuidar de alguém que sequer merecia tais cuidados.
Já fui amiga, mãe, irmã, amante, ouvinte, enfermeira, massagista, "fuck buddy", guarda-costas, segurança, pai, "irmão" mais velho, anjo, Elvis, etc.
Mesmo sofrendo muitas vezes quando agindo assim com alguém que eu sabia que não era digno de tanta atenção, eu me sentia satisfeita com isso. Logo eu, a diabinha... Quase uma Madre Tereza, uh!?
Não. É tudo meu ego. Não faço isso por eles e sim por mim. Já ajudei pessoas por quem não tenho o mínimo afeto, ou que mal conheço, em diferentes situações. É simples... como dizer "bom dia" para um estranho na rua(coisa rara hoje em dia).
Talvez seja isso... não que no fundo eu seja uma boa pessoa, boa samaritana, não... Eu não me importo com elas, e sim com o que aquilo que eu fiz vai deixar marcado na vida da pessoa, mesmo que eu nunca saiba ou a veja novamente.
Como uma justiceira, que faz justiça com as próprias mãos, fazendo a coisa certa de acordo com aquilo que ela considera certo, julgando o errado de acordo com aquilo que ela acha errado.
Salvando a vida de estranhos pela noite sem pedir nada em troca, sem ao menos dizer um nome, sem necessidade de um "obrigada" no final.
Ao mesmo tempo, sem sentir pena do(a) pobre miserável que vai sofrer com isso. Para que um suba, alguém tem que descer... nesse caso, cair. Cair feio.
Um alter ego, que vai contra o meu real eu interior, mas ao mesmo tempo sabe que está fazendo exatamente o que deve fazer.
Como uma missão... Um Rambo no corpo da Mulher-Maravilha, vemos isso nos filmes o tempo todo, mas na real... Onde estão os heróis?
A polícia corrupta? Aliás, todo o sistema corrupto? Claro que tem suas exceções, mas sinceramente... são raros os que realmente se importam.
E esses não fazem o que fazem pelos pobres indefesos, fazem isso para satisfazer seu ego... Todos os heróis são assim, se quer saber mesmo.
Vou comprar roupas legais, aprender a me defender, arrumar armas brancas e sair pela noite sem rumo, em busca de alguém precisando de ajuda... usando uma máscara como nos filmes, só pra me satisfazer...
Quer dizer, se eu lesse nos jornais que tem alguém por ai usando uma máscara e um pseudônimo, fazendo justiça com as próprias mãos... eu ia morrer de inveja, porque eu queria estar fazendo isso!
Então vou fazer isso mesmo... E quem se importa realmente se eu estarei descumprindo as leis? (Parte do meu ego não conta.)
Uma vida dupla... por pura satisfação.
E... quem ia desconfiar de alguém como eu?
Ainda bem que ninguém além de mim lê isso aqui...
Boa noite de sábado para quem vai sair e curtir, eu vou ficar em casa me enchendo de torcida de pimenta mexicana, cigarros e refrigerante de limão enquanto assisto três filmes que nem lembro mais quais são.
Depois penso em uma fantasia...
Enquanto isso, no lustre do castelo... Segunda-feira pode mudar radicalmente minha vida.(Não, não vou começar a fazer justiça com as próprias mãos... ainda.) Só estou esperando a ligação que vai dizer se estou empregada ou não.
Onde estão minhas pílulas mesmo?
12:52PM
Estou sofrendo de Estresse, o que tem me causado problemas físicos, psicológicos e emocionais.
Esse colapso noturno teve seu lado bom... Foi como uma dolorosa terapia com minha terapeuta interior, que resultou em respostas claras pra perguntas que me assombravam à algum tempo.
Meu vazio continua vazio... Graças, talvez, à conversa que tive comigo ou com o choro que durou a madrugada inteira, e como diria Shakespeare: "Chorar é diminuir a profundidade da dor."
Não só da dor, mas de qualquer sentimento que esteja lhe incomodando. No meu caso, muitos sentimentos, todos embaraçados... cheios de nós.
Creio que desatei alguns, por isso continuo me sentindo vazia... E isso é bom, pelo menos por enquanto, afinal o que menos preciso agora são mais preocupações.
Mas apesar do vazio, ainda sinto falta de algo que até então não sei o que é. Logo, meu vazio não está tão vazio assim... Tem algo lá no fundo.
Não vou me preocupar tentando me analisar para descobrir o que é essa coisa, essa falta... Vou deixar que o tempo me analise por si mesmo e me dê as respostas nem que seja em outro colapso nervoso-emocional.
Aí passo mais uma madrugada ou dia chorando sem conseguir parar nem ao menos pra respirar direito, obtenho as respostas e esvazio tudo novamente.
Esse é o meu "deixar rolar".
Certo ou errado, estou apenas aprendendo... E ainda tenho muito o que aprender.
Sempre achei que estivesse velha o suficiente, madura o suficiente, pronta o suficiente pro que der e vier... Mas sou só uma jovem começando a viver, não imatura nem totalmente despreparada...
Mas pronta sim, para o que for necessário fazer para atingir o ponto em que quero chegar e bater de cara com as conseqüências das mudanças sem desmoronar totalmente.
Não sou feita de ferro, mas também não sou feita de palha...
Acho que no momento sou a porquinha construindo a casa de madeira, mas não estou totalmente sozinha nesse processo... Solitária, mas não só.
Boa tarde.
Oi,
Mesmo descansada, fisicamente, meu copo de café está sempre cheio e meu cinzeiro tem até bitucas flutuando já.
A frustração, o nervosismo, a raiva, o ódio, a incômoda e profunda calma, a paixão, a vontade, a animação, o tédio, a paciência, a quietude, a hiperatividade e todas as outras sensações, sentimentos, parecem ter desaparecido repentinamente.
O que me resta agora é um vazio, um vazio vazio mesmo... que eu sei que logo logo vai se encher de pensamentos inúteis, mas vou tentar o manter vazio mesmo, é mais confortável.
E tudo o que eu preciso agora é de um pouco de conforto... mas quando vou em busca de conforto, acabo confortando os outros ao invés de ser confortada, que é o que eu queria e precisava... Mas quem se importa com o que eu quero e preciso sou só eu e mais ninguém mesmo, fazer o que.
Mudando de assunto... Será que eu consigo parar de analisar tudo por um tempo e deixar as coisas fluírem naturalmente pra ver no que da? Quer dizer... é o que eu quero, mas o condicionamento por repetição, devido aos meus relacionamentos passados, me fazem analisar e analisar e ir direto ao ponto, e sempre acabar na mesma, em "meu relacionamento passado - carrinho de bate-bate style" da vida.
Queria ser confortada e não só confortar, ser cuidada e não só cuidar, estressar e não só ME estressar, pelo menos uma vez na vida... Mas esse meu eu, ser precipitada demais, pode não me permitir isso.
Vou voltar ao consultório do meu ex-psiquiatra cujo lugar eu jurei nunca mais voltar, e perguntar que tipo de remédio ele pode me receitar pra esse tipo de doença. (vício?)
Doutor... aí vou eu!
Sinto tanta falta daquela época em que nem vivi... me faz tanta falta, dói e corrói tudo por dentro... já.
Não quero pensar, e principalmente não quero não pensar... minha covardia pessoal?
São tantas coisas aparentemente sem nexo que se passam por minha cabeça que fica mais fácil colocar de lado... mas nunca fui disso, e então... por que agora?
Não estou por ai procurando minha identidade, ela vive comigo... nós estamos procurando materializar aquela necessidade, é quase que uma doença.
Parece que a grama do vizinho é sempre mais verde, mas não é... é tudo igual, não passa de grama.
Parece que os ossos alheios são mais fortes, mas não são.
Me precipitei, talvez, mas agora penso... e penso, logo... penso novamente; nada muda.
É o cansaço do cansaço... a falta não do que não fazer, e não do que fazer, porque isso tenho demais, todos temos... só me conformo as vezes com o "nada".
Okay, Calma... Será que alguém pode me apresentar a essa senhora?
É Clyde, penso "complexo" demais. haha
I'm a real nowhere lady. Sitting in my nowhere land. Making all my nowhere plans for nobody...
-No meu ponto de vista, este ser onipotente, onipresente e onisciente é deveras maligno, sarcástico, egoísta, ludibriante, sádico.
Se alguém o viu como é ou chegou o mais próximo disso, criou uma (mentira) história bonita para que a humanidade não perdesse as esperanças, ou para desviar seus olhares da cruel verdade.
Escreveu e vendeu um manual* ditando regras que fariam do mundo o lugar que este gostaria que fosse. Que faria das pessoas aquilo que ele esperava que elas fossem por si só.
E a humanidade o comprou.
Era uma época difícil, as pessoas precisavam crer em algo bom, algo além do mundo insensível em que viviam.
E isso durou, dura até hoje.
E vocês, meus caros, tolos!
-Ou então, seu Deus nunca existiu.
Alguém.
Se não viu, mentiu.
Talvez este homem, este contador de histórias, seja o próprio Deus.
Neste caso, afirmo, Deus está morto.
*Manual de como contar uma grande mentira na qual todos acreditarão. Vide A Bíblia Sagrada.
A música que me acompanha a cada momento
Sinto-me doente.
Não sei se foi o remédio que tomei, o banho, o frio, não ter comido nada ainda (20:13) ou a voz da Loreena.
Essas músicas...
Tenho um pesado fardo a carregar, minha cruz, meu demônio interior...
Fardo que eu escolhi carregar pro resto da vida, algo pelo qual eu vou sofrer não só a vida inteira, mas todos os dias... Todo o tempo.
Ninguém sabe como é, nem mesmo quem carrega um sofrimento como este, nem mesmo quem aparentemente o divide comigo.
Cada sofrimento é único, íntimo, pessoal. Vem lá do âmago de cada ser.
Ele é só seu, só você pode saber o que fazer com ele... Tentar esquecer, passar por cima, colocar de lado ou senti-lo.
E somente o ser pode escolher como senti-lo. E eu sinto tudo... Principalmente a dor.
É aquela velha sensação de estar no lugar mais lindo do mundo, onde desejou a vida inteira estar, e mesmo assim se sentir no lugar errado.
Procurar por algo que não está em lugar algum.
É não conseguir me lembrar do ultimo olhar, por mais que eu tente.
E eu tento... Tento todos os dias da minha vida me lembrar daquele ultimo momento, o que eu estava pensando, sentindo... O que se passava por sua cabeça.
É me lembrar do sorriso em cada momento oportuno.
É o desejo de lhe mostrar o mundo aí fora.
É o perfume que eu ainda consigo sentir.
É a dor no peito e a falta de ar,
A garganta que se fecha e o corpo que estremece.
É não sentir que a vida vem em vão.
É perder o fôlego e escutar seu próprio coração como se ele batesse do lado de fora.
É sentir a areia nos meus pés, a brisa gelada tocando meu corpo nu enquanto danço desvairadamente e sem parar a mesma música sob a luz da Lua Cheia.
É segurar o vento e dar um nó na água.
Querer, sem querer.
É odiar seus piores defeitos, pois são os meus também.
É fingir que está tudo bem, combater a solidão com sorrisos falsos.
Também queria mostrá-lo pro mundo inteiro.
É aprender e também ensinar.
É saber que se fosse ao contrário, seria assim, simples assim.
É rir por desespero.
É sangrar por saudade.
É chorar até atingir um estado de torpor.
É aquilo que os olhos não vêem, mas principalmente, é aquilo que as palavras não podem descrever.
É aquilo que fez o tempo parar.
Faça assim:
Esqueça suas vestes de ouro e corra nu pelas ruas!
Sentes seus pés descalços tocando o chão?
E seu corpo, vitima da brisa incisiva que tenta tomar-te em seus braços.
É um frio traiçoeiro, cujos segredos acobertados pela noite... a luz jamais ousaria tocar.
E o "elo"?
O mundo cresce e tenta te esmagar com as mãos,
Mãos sujas e pegajosas
Você começa a suforcar, sabe que não tem forças pra lutar contra.
Você sabe que as forças que tem não são o suficiente pra isso,
Mas mesmo assim luta... luta, e esgota suas forças
Então, uma estapafúrdia força nasce de dentro de você...
Você a sente crescendo
E sem ao menos pensar, coloca tudo pra fora
Você pode enxergar o fogo brotando e queimando tudo ao seu redor...
Aquela sensação de realização inevitável...
Sensação de realização que inevitávelmente some quando duas sombras gigantes abraçam você e te levam devolta ao fundo do poço, ao Fim.
E quando você pensa estar no fim, você continua caindo... caindo... e caindo,
Tentando se segurar nas paredes, mas elas são escorregadias e acabam machucando você...
Quando você para de cair novamente, suas mãos trêmulas sangrando
Vontade de gritar, mas a voz não sai...
E quanto mais você tenta, mais você quer... você sente algo dentro de você
Uma dor... um vazio.
A humilhação... a escuridão, as sombras... o silêncio mórbido...
Silêncio agudo que dói... dói demais
Como se uma agulha caísse no chão... e o barulho permanecesse alí... em todo lugar
E ao mesmo tempo em lugar nenhum... no tempo.
Centenas de portas aparecem no escuro, no nada... mas você não pode passar por nenhuma delas.
Quando você só tem à você mesmo
Só pode falar com você, e você não quer ouvir...
Só pode ver você, e você não se move...
Só pode gritar com você, e você não para de gritar!
Quando você só tem a você mesmo, e você não se importa.
E quando você vê a luz, espera a salvação... o Fim
E tudo o que você encontra é um buraco cheio de sons silênciosos, que te espetam como se fossem a propria agulha... tênue...
Sua visão, turva... e uma luz...
Aquela que você antes pensava ser a salvação, o Fim... Aquela mesma... dói os olhos como a tortura...
Rasga. Dói. Queima. Machuca. Ferve. Queima. Queima. Queima, e dói... É, essa mesma.
Nunca explode. O Fim.
Quando já tiraram a sua liberdade, sua consciência, suas forças, suas lágrimas, sua visão, sua audição, sua voz, o ar que você respira, sua capacidade de sentir, mas não tiraram a sua vida...
Tiram tudo de você, mas não tiram a sua vida...
Não tiram a sua vida porque esse é seu castigo por viver!
Morrer seria uma dádiva.
Poderia a escuridão móbida significar a morte?
Jamais saberá... uma vez que escolheu a luz que te condenou à escuridão na qual vive agora.
Poderia a escuridão significar a luz? Uma vez que a luz lhe trouxe escuridão...
Escuridão, quem sabe.
Já não se sabe de mais nada...
Nada; A não existência; ausência de quantidade; o que não existe; coisa nula.
Mais uma vez, os olhos da borboleta.

Não sei... se você parar pra separar os olhos do resto da foto, da pra perceber que a expressão dos olhos nem sempre (quase nunca, no meu caso) é a mesma que a foto toda tenta passar... ou a propria pessoa.
A foto toda passa uma coisa, tipo "urgh!... café com terere é bem... estranho!". Já os olhos... nem eu mesma sei. Alias, não faço idéia.
E é a minha foto... são os meus olhos!
Oras! Eu deveria saber?! Eu vivo dentro de mim... dentro e fora, ao mesmo tempo... talvez alguem que só viva fora possa entender e me explicar, ou tentar explicar. Dificil missão essa...
Parecem bonitos à primeira vista, mas me assustam um pouco... eles tem algo a dizer, e eu não entendo.
Eles tem algo a dizer, e querem que eu entenda... mas eu não consigo. Não sou capaz de compreender o que meus proprios olhos tentam dizer... gritar! Parece que eles gritam... muita coisa presa lá dentro, sem ar pra respirar... sem espaço. Eles parecem assustados, tentando expressar uma força... talvez pra afastar estranhos, por puro medo...
Mas medo de que... É como se fosse um mistério querendo ser disvendado, porém é complexo demais. Talvez nem eles mesmos saibam o que é...
Talvez seja isso, talvez eles queiram descobrir... Ou queiram que alguem descubra, que alguem enfrente essa força amedrontadora que eles tentam passar, alguem com coragem o suficiente pra atravessar essa ponte de madeira frágil, matar o dragão e então descobrir esse mistério... e contar pra esses olhos que não sabem mais quem são.
Eles não tem brilho, esse brilho que vocês veem é do flash da camera, é falso.
Parecem tão sem vida se você parar pra reparar...
Talvez seja verdade que você pode mentir, mas seus olhos sempre dirão a verdade... nua e crua, seja ela qual for... mesmo que os proprios olhos não saibam qual é a verdade. Mesmo que eles só estejam transmitindo isso, mesmo sem saber...
Esses não são os olhos que você vai olhar e pensar "nossa, belos olhos... bem expressivos". Isso até um cego vê. Que olhos não são expressivos?
Mas sim, esses podem ser os olhos que você vai olhar e pensar "nossa, eles tem algo a dizer, eles estão gritando por ajuda, mas nem mesmo eles sabem o porque".
Eles pedem socorro.
Eles correm desesperadamente por corredores sem fim, em busca de uma saída.
Eles nunca se cansam.
Eles estão procurando por você, e por você e por você também. Não importa quem sejam.
Eles estão em busca de algo, uma busca eterna... eles viverão para sempre, mesmo depois que os vermes se alimentarem deles... Eles ainda estarão lá, olhando... observando... gritando por socorro
Sempre... sempre... sempre...
Algumas pessoas e coisas afetam outras pessoas e o universo à sua volta.
Eu ME afeto...
Eu, por um teste de personalidade que não me lembro qual é.
Você vive num mundo de possibilidades teóricas. Você vê tudo em termos de como essas coisas podem ser melhoradas, ou em como podem ser transformadas. Você passa a maior parte do seu tempo dentro de sua própria mente, fazendo uso da sua grande capacidade de analisar problemas complexos e de identificar padrões que se repetem, criando explicações lógicas para eles. Você busca a clareza em tudo, e é voltado para a construção de conhecimento. Você é o típico “professor lunático”, que valoriza muito a inteligência e a habilidade de aplicar lógica a teorias para encontrar soluções para os mais diversos problemas. Você é tipicamente tão voltado para transformar problemas em explicações lógicas que passa muito tempo vivendo dentro de sua mente e pode não colocar muita importância no mundo exterior. Sua inclinação natural a transformar teorias em compreensão concreta pode se tornar um sentimento de responsabilidade pessoal de resolver problemas teóricos e de ajudar a sociedade a se mover em direção a um nível mais elevado de conhecimento e de auto-compreensão.
Você valoriza o conhecimento acima de tudo. Sua mente está constantemente trabalhando direcionada a gerar novas teorias ou a comprovar ou a derrubar teorias existentes. Você aborda problemas e teorias ao mesmo tempo com entusiasmo e ceticismo, ignorando as regras e opiniões existentes, e definindo sua própria abordagem para a solução. Você busca por padrões e por explicações lógicas para quaisquer coisas que te interesse. Em termos gerais, você é uma pessoa um tanto genial e capaz de ser objetivamente crítico em suas análises. Você adora novas idéias, e fica muito empolgado com conceitos e com teorias abstratas, obtendo muito prazer em discutir esses conceitos com outras pessoas. Você pode parecer “com a cabeça nas nuvens”, alienado e distante dos outros, pois gasta muito de seu tempo dentro de sua mente, pensando sobre teorias de como as coisas funcionam. Você odeia trabalhos rotineiros e prefere muito mais construir soluções teóricas complexas, deixando a parte de implementação dos sistemas para outras pessoas conduzirem. Você é intensamente interessado em teorias, e gasta, sem problema algum, muito tempo e energia para encontrar a solução para um problema que tenha intrigado seu intelecto.
Você não gosta de liderar nem de controlar as pessoas; é muito tolerante e flexível na maioria das situações, a não ser que uma de suas fortes crenças seja violada ou desafiada, em cujo caso você adotará uma postura bastante rígida.
Você tende a ser bastante tímido quando conhece novas pessoas, mas por outro lado, é muito autoconfiante e gregário quando junto a pessoas que você conhece bem, ou quando discute teorias que você compreende em total plenitude.
Você não compreende nem valoriza decisões tomadas com base em subjetividades pessoais e sentimentais. Você luta constantemente para chegar a conclusões lógicas para problemas e não entende a importância ou a relevância da aplicação de considerações subjetivas e emocionais às decisões. Por essa razão você nem sempre percebe o que as outras pessoas estão sentindo, e nem está naturalmente equipado para atender às necessidades emocionais delas.
Você pode ter um problema com auto-engrandecimento e com rebeldia social que pode vir a interferir no seu potencial criativo. Sendo que o seu Sentimento é a função menos desenvolvida, você pode ter dificuldade em dar o carinho e o apoio que é sempre necessário nas relações íntimas. Assim, se você não perceber o valor em ser cuidadoso com os sentimentos das pessoas, você pode se tornar excessivamente crítico e sarcástico para com elas. Se você não for capaz de encontrar um espaço nesse mundo onde você possa fazer uso de suas fortes habilidades, você pode acabar se tornando uma pessoa extremamente pessimista e cínica. Se você também não desenvolver seu lado Sensorial/concreto o suficiente, você se encontrará “desligado” demais do seu ambiente, e demonstrará essas fraquezas na execução de tarefas do dia-a-dia, como pagar as contas ou se vestir apropriadamente.
Para você é extremamente importante que as idéias e que os fatos sejam expressos de uma maneira correta, clara e consistente. Talvez isso seja porque você prefere se expressar através do que você acredita ser verdades absolutas. Às vezes sua compreensão já completa de uma idéia não é facilmente compreendida pelos outros, e não é normal que você tente reorganizar melhor o que você falou para explicá-la de uma maneira que os outros compreendam. Você pode também ter uma tendência a abandonar um projeto assim que você entenda seu funcionamento, pulando para a próxima idéia. É essencial que você dê importância a explicar as teorias que você desenvolve através de maneiras compreensíveis. Afinal, uma descoberta sensacional de nada significa se você é a única pessoa que a compreende.
Você é uma pessoa bastante independente, original, e nada convencional. Não é provável que você coloque muito valor em valores convencionais como os de querer ser bem aceito por todos ou por querer segurança em todos os aspectos da sua vida. Você possui um caráter complexo, e tem uma tendência a ser inquieto e temperamental. Fortemente engenhoso, possui padrões de pensamento que o permitem analisar idéias de através de novas maneiras. Conseqüentemente, diversas mudanças relacionadas ao pensamento científico mundial foram feitas por pessoas como você.
Você se encontra no seu meio ideal quando pode trabalhar com suas teorias de maneira independente, num ambiente que ofereça apoio ao seu gênio criativo e até mesmo excêntrico. Se esse for o caso, você poderá alcançar feitos memoráveis. Pessoas como você são pioneiras, contribuindo com novos pensamentos e idéias para a nossa sociedade.
Após ler e reler um texto de Shakespeare, comecei a pensar sobre essas pessoas que por algum motivo eu considero ou me parecem "maiores" do que outras.
Pessoas "iguais", de atitudes, interesses, pensamentos, ideais, voz e presença semelhantes.
Alguém que ao meu ver parece menos insignificante e mesquinho do que outro porque em algum momento resolveu ser "legal".
Alguém que, por exemplo, me deu todos os motivos possíveis para odiá-lo, mas que por alguma razão eu optei por não odiar. O mesmo alguém que me trata feito lixo, mas que age diferente por alguns instantes porque acha que isso vai compensar. E não é que acaba "compensando" mesmo?
E alguém que me trata bem, como um ser humano, pra quem eu resolvi não dar muita atenção, a não ser a algum pequeno erro cometido pelo mesmo, que se torna grande motivo para ódio e desprezo.
Pessoas aparentemente muito diferentes uma das outras, mas que quando observadas mais de perto se revelam parecidas. Pessoas neutras, mas que se tornam boas ou más dependendo de uma única atitude, por mais ínfima que seja. É.
Quem é bom e quem é mau, afinal?
Quem pode dizer quem é bom e quem é mau?
As pessoas são boas ou más somente à nossa visão, quem decide isso somos nós.
No final das contas, as pessoas são só pessoas.
Questão de Opinião

Silêncio, paz... Quem não gosta, não precisa disso, não é?
Em muitas casas, principalmente repúblicas e no Lago tem sempre pessoas fazendo festas, churrascos, ou simplesmente ouvindo música (alta, que causa reclamações), conversando (alto, que causa reclamações) e também bebendo (o que causa o aumento do som e da voz, e causa reclamações também, claro).
Isso é extremamente comum em qualquer cidade e está se tornando cada vez mais freqüente em Garça também.
A cidade está crescendo e isso não passa de uma das muitas conseqüências desse crescimento.
É claro que existe um abuso da parte desses, mas que jovem não gosta de se divertir? E é assim que muitos gostam.
É bom se divertir, e quando algo é bom geralmente fazemos de tudo para prolongar o prazer que isso nos traz.
A maioria das pessoas trabalha nos dias úteis e usam o final de semana para descansar, outros estudam e no final de semana aproveitam para se divertir, bagunçar e fazer aquilo que vão contar para os netos (ou não), e muitas vezes fazem isso durante a semana também.
Mas me diz, ter que ter um dia em especial (final de semana) e um jeito “certo” para poder curtir a vida a sua maneira? No meu ponto de vista é como ter que marcar um horário para ser feliz.
É claro que isso tudo incomoda muita gente, desde festas e o som alto, os carros que passam com o som estourando (quem esta lá dentro mesmo mau escuta), e os muitos carros que param no lago para a famosa “disputa de som” (pra quem mora lá perto é realmente terrível), pessoas que passam durante a madrugada na frente de nossas casas gritando feito loucas, seja a pé ou de carro, os carros buzinando, fogos de artifício e pessoas gritando em dia de jogo, até os cães que quando começam a latir não param mais e as crianças chatas que fazem aquilo que... Bem, todos já fizeram pelo menos uma vez na vida, que é apertar a campainha e sair correndo.
Tudo incomoda, em qualquer lugar sempre vai ter alguém aborrecido com algo que está acontecendo, principalmente se este não estiver participando.
E parece que aqui em Garça o que mais incomoda é a perturbação do sossego. É claro, um som alto demais é prejudicial à saúde, mas essas mesmas pessoas que reclamam disso não se preocupam com o cigarro que fumam ou com aquilo que comem, que também faz muito mal a saúde? Parece até implicância.
Enfim, ainda assim o que mais encontro quando saio pra andar a noite aqui é silêncio e sossego.
Os apelidos carinhosos dados à Garça por muitas pessoas, por exemplo “Cidade fantasma” ou “Cidade morta” não são à-toa.
As opções para sair a noite aqui e se divertir são extremamente limitadas, principalmente em relação a clubes e bares, noites em bares que nem todos podem bancar, e festas nos clubes que quando tem nem sempre o estilo das músicas é de agrado geral. O jeito acaba sendo encontrar um lugar (casas, repúblicas ou o Lago mesmo) para juntar a galera, ouvir um som e curtir um pouco, ao invés de voltar pra casa e assistir TV ou dormir como se tivessem 60 anos de idade e já tivessem aproveitado bastante a vida e agora precisassem descansar. Bom, a vida é agora e não deve ser desperdiçada em um sofá ou assistindo a vida dos outros em novelas.
Mas muitas pessoas fazem diferente, vão para cidades na região onde pelo menos tem bastante opções do que fazer.
Mas ainda assim o que eu mais ouço as pessoas dizerem sobre Garça são coisas do tipo: “não vem pra cá, se quer se divertir vai pra qualquer outro lugar!”.
Que beleza, hein!
De qualquer forma tem pessoas que vem pra cá para visitar parentes e descansar, alguns saem, mas como as opções aqui ainda são poucas, acabam em alguma “festa alternativa”.
E querem diminuir isso (ou acabar com isso, o que pode muito bem acontecer).
Bom, o que eu sei é que Garça cada vez mais faz jus à “Garça, cidade para crianças e idosos”.
Bela evolução, a cidade vai crescendo, mas as pessoas continuam pensando pequeno.
Parabéns, Garça!
“Faz o que quiseres que tudo deve ser da lei. Todo homem ou mulher é um indivíduo único e tem direito a viver como quiser”. (Aleister Crowley, filósofo Inglês).
A fumaça do café quente, a fumaça de seu cigarro...
A brasa queimando e o tempo passando...
Palavras surgindo no papel, assim como a quantidade de cinzas no seu cinzeiro aumenta...
O café esfriando, sempre sobra um pouco...
A brasa continua queimando...
As palavras somem... e surgem novamente do nada...
Não existe inspiração não existem motivos...
São só palavras...
E silêncio... um silêncio tão profundo que chega a sussurrar...
Feche os olhos e preste atenção...
São palavras sábias que você não pode ouvir... Elas penetram em você...
E você sente... uma sensação que só o próprio silêncio pode descrever...
O estômago embrulhado, o café gelado... outro cigarro
O barulho do fósforo acendendo...
O som da brasa queimando...
O sons da noite... a fumaça saindo de sua boca...
Preste atenção:
Silêncio.
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Se fosse usar uma única palavra pra descrever todos aqueles anos, ousaria dizer que a palavra é "Crime".
Sim, aqueles anos todos, cometendo o mesmo crime, me julgando inocente, sem ao menos imaginar a gravidade dos meus atos. Um crime banal pelo qual vou pagar com a vida; os anos, os meses, os dias, cada instante, por toda a vida.
Uma sensação agonizante que faz meus olhos arderem, seca a garganta, aperta o pescoço, acerta o peito, soca o estômago, faz os braços tremerem, paralisa as pernas e dói em lugares que eu nem sabia que existiam.
Como se eu estivesse sozinha, mas ao mesmo tempo sentindo uma presença fraca, porém tão presente que eu quase posso toca-la.
Correndo em um quarto escuro, dando voltas sem fim; gritando em um silêncio cheio de vozes, que nunca me deixam.
A dor de estar sentada sozinha no lugar mais bonito, no sonho mais real, com o sol mais brilhante e a lua mais cheia, as arvores mais verdes, a areia mais macia e o ar mais puro, os rios mais limpos e o céu mais azul; eternamente, solitária.
Não importa aonde eu vá, o mais rápido que eu corra ou o mais alto que eu possa voar, isso sempre estará comigo.
Sabe quando você está sozinho, e sente que alguém se aproxima, mas quando você olha pra trás percebe que está sozinho? Ou quando você escuta seu nome enquanto anda por aquela rua vazia e escura, e quando procura por alguém... simplesmente não tem ninguém?
Ninguém... só um frio que te corta a espinha, te causa calafrios e por algum motivo faz seus olhos lacrimejarem. Faz você se sentir uma criança indefesa e perdida, em meio a um vazio quase que sem fim. Um vazio onde o mínimo de vida é o suficiente pra te trazer paz, alegria ou ao menos conforto.
Não importa o quanto eu tente, vai ser assim até o meu ultimo suspiro, meu ultimo instante de vida.
Eu sou a vitima do meu próprio crime.
