Isso define bem. E como.


I've been cheated by you since i don't know when Look at me now, will i ever learn? I don't know how, but i suddenly lose control There's a fire within my soul. Just one look and I can hear a bell ring One more look and I forget everything Mamma mia, here I go again My my, how can I resist you? Mamma mia, does it show again? My my, just how much Ive missed you Yes, Ive been brokenhearted Mamma mia, even if I say Bye bye, leave me now or never Mamma mia, its a game we play Bye bye doesnt mean forever. --- You've heard me saying that smoking was my only vice But now it isn't true And all I've learned has overturned It was like shooting a sitting duck A little small talk, a smile and baby I was stuck I still don't know what you've done with me A grown-up woman should never fall so easily I feel a kind of fear when I don't have you near Unsatisfied, I skip my pride I've had a few little love affairs They didn't last very long and they've been pretty scarce --- Honey honey, how you thrill me, ah-hah, honey honey Honey honey, nearly kill me, ah-hah, honey honey I'd heard about you before I wanted to know some more And now I know what they mean, you're a love machine Oh, you make me dizzy Honey honey, let me feel it, ah-hah, honey honey The way that you hold me tight I feel like I wanna sing when you do your thing There's no other place in this world where I rather would be Honey honey, touch me, baby, ah-hah, honey honey Honey honey, hold me, baby, ah-hah, honey honey But I know just who you are And, honey, to say the least, you're a dog-gone beast
"It is said that Vlad the Impaler had a kind and humble wife with a heart of gold. Whenever Vlad took his sword and led his army into battle, his wife's heart grew sad. One night a strange thing happened. An arrow entered through one of the windows of the fortress and put out a candle in their bedroom. Striking a light, she discovered a letter in the point of the arrow which said that the fortress was surrounded by the Turks. Approaching the window she saw many flickering fires in the valley. Thinking that all was lost, and without waiting for her husband's decision, she climbed up on the wall of the fortress and threw herself into the Arges River."
Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more.

Once I rose above the noise and confusion
Just to get a glimpse beyond this illusion
I was soaring ever higher
But I flew too high

Though my eyes could see I still was a blind man
Though my mind could think I still was a mad man
I hear the voices when I'm dreaming
I can hear them say

Masquerading as a man with a reason
My charade is the event of the season
And if I claim to be a wise man, well
It surely means that I don't know

On a stormy sea of moving emotion
Tossed about I'm like a ship on the ocean
I set a course for winds of fortune
But I hear the voices say

No!

Carry on, you will always remember
Carry on, nothing equals the splendor
The center lights around your vanity
But surely heaven waits for you

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry
(Don't you cry no more)

John Milton (Al Pacino)

Let me give you a little inside information about God.
God likes to watch. He's a prankster. Think about it.
He gives man instincts. He gives you this extraordinary gift, and then what does He do? I swear, for His own amusement, his own private, cosmic gag reel, He sets the rules in opposition. It's the goof of all time!
Look but don't touch! Touch, but don't taste! Taste, don't swallow! Ahaha.
And while you're jumpin' from one foot to the next, what is he doing? He's laughin' His sick, fuckin' ass off! He's a tight-ass! He's a SADIST! He's an absentee landlord! Worship that? NEVER!

Freedom, baby... is never having to say you're sorry.

Mais uma conversa non-sense que me fez todo sentido.


Começando não do começo, mas enfim... Eu = pessoa B., "conselheira" = pessoa M.

M.: Como é que você 'tá? Me contaram o que aconteceu.
B.: Eu? Eu 'tou ótima! Me apaixonar por um psicopata que sabe-se lá como descobriu mais de mim do que eu mesma sei pra poder me perseguir por aí e ainda tentar me atropelar com o carro é minha maneira de viver la vida loca.
M.: Não tinha como você saber que ele era assim, ninguém realmente sabia, nem os amigos mais próximos...
B.: Talvez... Mas isso confirma um gosto por homens e costume perturbador na minha vida. E por mais que eu gostaria de poder negar, eu pareço ser um ímã pra todo tipo de maluco capaz de qualquer coisa pra seguir em frente com relacionamentos que nem mesmo existem.
M.: Ah, não acredito. Acho que não é bem assim.
B.: Vai por mim, você não vai querer ler o currículo da minha vida sentimental. Mas mesmo assim, por que eu não consigo conhecer um cara decente, de uma família legal que por acaso não seja um psicopata?
M.: Sabe, quando eu tinha a sua idade, eu não saía com "príncipes encantados" também.
B.: Sério?
M.: Pois é. Eu costumava atrair o tipo cruel, ignorante e misterioso também. Até eu conhecer o "J.".
B.: Mas é que, o que me preocupa é que e se quando o meu "J." finalmente aparecer eu estiver olhando pra outro lado e simplesmente não vê-lo.
M.: Bem, você tem que prestar atenção. Sabe, eu acho que a gente tem que passar por esses relacionamentos ruins por um motivo.
B.: Bom, se tem um bom motivo pra todo esse sofrimento e agravação, eu 'tô louca pra saber.
M.: Talvez você tenha que passar por todos os caras errados pra poder reconhecer o certo.


Okay, nada nessa conversa foi uma grande novidade pra mim, mas na situação atual, poder ouvir isso de alguém que já passou por tudo isso há muito tempo e não só tem bastante experiência como também superou e seguiu em frente e encontrou a tal "felicidade a dois", foi bastante bom até.
Claro que isso não muda o fato de que minha visão vai continuar da mesma maneira por um bom tempo ainda, e eu ainda vou passar por muitos psicopatas como os anteriores, mas quem sabe um dia eu não encontre um cara que pelo menos não seja um maluco que tentou se matar porque terminei uma relação que nem existia uma semana depois de conhece-lo, ou que não me siga pela cidade e ainda tente me atropelar pelo mesmo motivo, ou que só porque o chamei de ignorante não me jogue do outro lado do quarto quase me mandando pro hospital, ou que não tente me "vender" pro pai tarado pra ganhar um carro porque o tal me achava gostosa, ou que não me deixe sozinha, presa nun quarto de motel no meio da estrada pra tentar me controlar, ou... bom, como eu disse, deixa o meu currículo amoroso pra lá... isso não é nem o começo ainda mesmo.
Mas sinceramente? Acho que cansei de viver la vida loca.
Pelo menos por enquanto...

I am myself to the bone, and that ain't gonna change.

"-A: O que foi? Concorda com ela?
-B: Não totalmente.
-A: Não totalmente? Então quer dizer parcialmente.
Eu fui perfeitamente clara. Não acha que eu fui clara?
-B: Algumas vezes. É... em outras vezes foi... difícil de acompanhar.
-A: Do que está falando? Quando?
-B: Quando... estava... falando.
Escuta, eu sei que você se preocupa com as coisas, mas devia deixar que vissem isso.
-A:
Eu devia (fingir) representar?
-B: Só um pouquinho... Quer dizer, você viu como eu me porto... como um cara direto, durão...!?
-A: Você É um cara direto e durão.
-B: Exatamente!
Não ia machucar se as pessoas vissem quem você realmente é.
-A: Eu não sei quem você acha que eu sou, porque essa aqui é quem eu realmente sou.
Só... isso."


É só que... me dizem o tempo todo pra eu me portar, agir, falar diferente.
Tentar, ao menos, quando em algum evento social ou uma "reunião de amigos", participar de conversas cujo assunto eu considero fútil ou simplesmente não me interessa nem um pouco.
Pra que eu não pareça anti-social, pra que as pessoas não pensem que sou assim porque não gosto delas, como se eu ao menos me importasse com elas.
Que eu me importe com os assuntos pessoais de indivíduos que eu nunca vi na vida.
Que eu vá em festas só porque a grande maioria vai.
Que eu tenha um namorado pra... pra que mesmo? Alguém que eu conheça por aí, que não me conhece e nem vai querer me conhecer de verdade a não ser nua? Pra que eu tenha alguém com quem meter sempre que eu quiser sem ser taxada de vadia, e também poder mudar meu status no Orkut?
Que eu seja menos eloqüente, abrasiva e sarcástica só porque as pessoas é que não conseguem me acompanhar?
Que eu use roupas da moda só pra ser melhor vista perante à sociedade jovem, fútil e ridícula que (não) conheço e não ser considerada "brega"?
Olha, eu sinto muitíssimo... por você.
Porque isso... não vai acontecer.


Eu simplesmente não posso passar toda a minha vida representando uma personagem de quem as pessoas vão adorar, porque enquanto isso a pessoa que realmente importa nessa história, que sou eu mesma, passará cada minuto, hora, de cada dia da semana, mês, anos... se odiando. E eu não posso deixar isso acontecer, jamais.

Eu importo, sabia? E mesmo que eu seja a única pessoa que se importa comigo, que me aguenta (na maioria das vezes, pelo menos), que me aceita como eu sou, assim, simples assim, eu prefiro uma única pessoa na vida que se importe comigo realmente do que milhares de pessoas fingindo, porque até onde eu sei, vi, ouvi, experimentei até hoje, é só isso que as pessoas sabem fazer: botar a droga do super-bonder na máscara, colar na cara e julgar os outros sem ao menos conhece-los, sem ao menos SE conhecer.
Pra mim, você que é assim, é só uma "pessoínha" que não se importa consigo mesmo. Então eu sinto por você, porque se nem você mesmo se importa contigo, ninguém mais vai se importar, e talvez você nunca saiba disso.

A ignorância é o preço da felicidade?

A Idéia


De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica.
Eu, por Augusto Dos Anjos.

"Some of us laugh, some of us cry. Some of us smoke, some of us lie. But it's all just the way that we cope with out lives."

Eu não sinto.
Minha gata morreu, meu coelho morreu, meu porquinho-da-índia morreu, meu pai morreu, meu gato morreu, minha avó morreu, meu cão morreu, agora meu avô morreu. Me perguntaram o que eu senti na época, e eu não soube responder... Não sei o que sentia, ou se sentia algo, afinal. Acho que simplesmente não senti nada, e dada as situações, as reações que as pessoas tem, seus sentimentos em relação à esse tipo de coisa, acho melhor não sentir nada, mesmo sempre sendo taxada de insensível por isso. Talvez eu só não demonstre sentimentos.
Eu amava todos eles, ou pelo menos acho que sim. Nunca demonstrei tal sentimento, a não ser pelos meus animais, cuja falta me dói todos os dias. Se a tal saudade for um indicador de sentimento, logo, por certo ponto de vista, eu só amava mesmo meus animais. Mas vai saber... tenho um histórico de um certo ódio por seres humanos.

Eu não gosto que me toquem.
Me sinto enojada cada vez que alguém me toca, seja pra apertar minha mão ou pior, me abraçar. Mas nada pior mesmo que "beijo no rosto" para cumprimentar. Nunca me acostumei com isso, até hoje para mim é com aperto de mão que se cumprimenta alguém. Íntimo ou desconhecido.
Nunca escrevi cartões de feliz aniversário, dia das mães, dos pais. Nunca dei beijos de parabéns ou menos ainda de "bom dia", "boa noite" ou de um simples "oi". Minhas únicas demonstrações de congratulação nestas diversas ocasiões foi o "parabéns" que saiu da minha boca.
Meu psicólogo dizia que sou sociopata por isso.
Meu outro psicólogo dizia que sou anti-social por isso.
Ainda outra psicóloga já dizia que era minha "Personalidade Esquizóide" que me fazia assim.
O último psicólogo já me declarou com "Personalidade Borderline".
Quando fui internada, meu psiquiatra, após ouvir certos depoimentos (fui internada à força, afinal, quem quer ir pra um hospital psiquiátrico sabendo que não há motivos pra isso?), ler meu histórico médico e conversar com a garotinha extremamente calma, mesmo depois de "tudo o que passou pra ser levada ao hospital, segundo outros", me diagnosticou psicótica.
Já eu, autodidata em psicologia ou não, não me considero nada disso em absoluto.

Não gosto de pessoas. Odeio seres humanos. Adoro ficar sozinha. Adoro minha própria companhia.
Falo sozinha o tempo todo. Discuto sozinha, peço minha própria opinião.
Aos olhos e ouvidos alheios, isso é "maluquice", por certo.

Mas no final das contas, quem liga pra isso? Não quero que liguem, pois eu mesma não ligo.
Porém... me divirto horrores relembrando isso tudo.

Eu sou diferente de tudo e todos que conheci, e me odiei por isso durante quase metade da minha vida. Hoje, não queria ser diferente.
Minha opinião sobre mudar pra ser como os outros, pra me adaptar à sociedade, fazer amigos assim, é a mesma sobre acabar com o próprio corpo pra se parecer como aquelas modelos esqueléticas das passarelas: uma barbárie. E tenho dito.

Letter to myself: 09/26/09 - 04:08am

Nothing to do, nothing to feel... don't know what I was feelin' for sure.
No meaning.

"Time goes by.
I feel life like a heartbeat.
Livin' like a vampire from all the stories i've read, legends and myths i've studied. Sleeping all day long and livin' at night.
I've been burying my beloved ones.
In the end, nothing will be left for me.
I wish the end of it all to come near, but my wish shall be refused.
My gifts seems more like a punishment, not to say a curse.
This time, lifetime, that I feel like a heartbeat, is like a knife for me now. Always cutting deep, always making me bleed, never healing, and yet, never deep enough.
I no longer feel pain as an enemy; and when I feel, I greet it as a welcome loyal friend, my only friend.
It doesn't bother me.
I often wish, however feel, my time will never come.
It's not death I'm talking about; death, the only true concrete end, will surely come sooner or later. It's life I'm talking about.
This life, which never comes, moves, breathes, end.
It shall never be over.
My so called life, is just like one of those vampires you've heard about on stories.
Physically, psychologically, emotionally, real, but not so real."



"How to cope with our lives...
...To cover the silence?"
Eu não quero falar sobre o que nós passamos.
Apesar de me machucar, agora é passado.
Já joguei com todas as minhas mãos, assim como você.
Nada mais a dizer, nenhuma carta escondida na manga.

O ganhador leva tudo, e o perdedor se sente pequeno...
Ao lado da vitória, esse é seu destino.

Eu estive em seus braços, achando que pertencia lá.
Achei que faria sentido... me construindo uma cerca.
Me construindo um lar, achando que eu seria forte lá...
Mas eu fui uma tola, obedecendo todas as regras.

Os deuses podem jogar os dados, com suas mentes frias como o gelo...
E alguém aqui embaixo perde alguém querido...
E o ganhador leva tudo, e o perdedor tem que cair.
É simples e é óbvio, por que eu reclamaria?

Mas me diga, ela te beija como eu costumava te beijar?
Parece a mesma coisa quando ela chama teu nome?
Em algum lugar lá no fundo você deve saber que sinto sua falta,
Mas o que eu posso dizer? Regras devem ser obedecidas.

Os juízes irão decidir e aqueles como eu se conformam,
Espectadores do show, sempre assistindo...

O jogo começou novamente, um amante ou um amigo.
Coisa grande ou pequena, o vencedor leva tudo...
Eu não quero falar, se isso te entristece.
E eu entendo... você só veio pra apertar minha mão.

Me perdoe, se isso faz você se sentir mal...
Me ver tão tensa, sem auto-confiança.
Mas veja bem, o ganhador leva tudo...
O ganhador leva tudo...

Alguém ganha e leva tudo...
Alguém perde e tem que cair...

(Sem cabeça pra escrever qualquer coisa.)

Bonnie, por Bonnie Tyler

Turnaround, every now and then I get a
little bit lonely and you're never coming around
Turnaround, Every now and then I get a
little bit tired of listening to the sound of my tears
Turnaround, Every now and then I get a
little bit nervous that the best of all the years have gone by
Turnaround, Every now and then I get a
little bit terrified and then I see the look in your eyes
Turnaround bright eyes, Every now and
then I fall apart
Turnaround bright eyes, Every now and
then I fall apart

Turnaround, Every now and then I get a
little bit restless and I dream of something wild
Turnaround, Every now and then I get a
little bit helpless and I'm lying like a child in your arms
Turnaround, Every now and then I get a
little bit angry and I know I've got to get out and cry
Turnaround, Every now and then I get a
little bit terrified but then I see the look in your eyes
Turnaround bright eyes, Every now and
then I fall apart
Turnaround bright eyes, Every now and
then I fall apart

And I need you now tonight
And I need you more than ever
And if you'll only hold me tight
We'll be holding on forever
And we'll only be making it right
Cause we'll never be wrong together
We can take it to the end of the line
Your love is like a shadow on me all of the time
I don't know what to do and I'm always in the dark
We're living in a powder keg and giving off sparks
I really need you tonight
Forever's gonna start tonight
Forever's gonna start tonight

Once upon a time I was falling in love
But now I'm only falling apart
There's nothing I can do
A total eclipse of the heart
Once upon a time there was light in my life
But now there's only love in the dark
Nothing I can say
A total eclipse of the heart

Turnaround bright eyes
Turnaround bright eyes
Turnaround, every now and then I know
you'll never be the boy you always you wanted to be
Turnaround, every now and then I know
you'll always be the only boy who wanted me the way that I am
Turnaround, every now and then I know
there's no one in the universe as magical and wonderous as you
Turnaround, every now and then I know
there's nothing any better and there's nothing I just wouldn't do
Turnaround bright eyes, Every now and
then I fall apart
Turnaround bright eyes, Every now and
then I fall apart

And I need you now tonight
And I need you more than ever
And if you'll only hold me tight
We'll be holding on forever
And we'll only be making it right
Cause we'll never be wrong together
We can take it to the end of the line
Your love is like a shadow on me all of the time
I don't know what to do and I'm always in the dark
We're living in a powder keg and giving off sparks
I really need you tonight
Forever's gonna start tonight
Forever's gonna start tonight

Once upon a time I was falling in love
But now I'm only falling apart
There's nothing I can do
A total eclipse of the heart
Once upon a time there was light in my life
But now there's only love in the dark
Nothing I can say
A total eclipse of the heart

Give it a try!

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor, mas permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. (Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês, mas me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca...
Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois... se calhar...
Deixa eu dirigir o seu carro que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar... experimente me amar!
Eu sou as trevas por trás e por baixo das sombras.
Eu sou a ausência de ar que espera no inicio de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece, a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Eu sou a chave que destranca todas as portas.
Eu sou a glória da descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado e proibido. Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.
Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos.
Eu e o Deus das trevas o manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei. Até o dia em que terei o maior prazer de encontra-lo na encruzilhada entre os mundos.
Sabedoria e a capacidade de dar poderes são os meus presentes.
Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou. Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e ficarei com você ate que você retorne a mim no crepúsculo final.
Eu sou a amante apaixonada e sedutora que inspira o poeta a sonhar.
Eu sou aquela que te chama ao fim de sua jornada. Quando o dia se vai, minhas crianças encontram seu descanso abençoado em meus braços.
Eu sou o útero do qual todas as coisas nascem.
Eu sou o sombrio, silencioso túmulo; todas as coisas devem vir a mim e suportar a morte e o renascer para o todo.
Eu sou a Bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças ate mim. Eu corto as gargantas dos cruéis e bebo o sangue daqueles sem coração. Engula seu medo e venha ate mim, e você descobrira verdadeira beleza, forca e coragem.
Eu sou a fúria que dilacera a carne da injustiça.
Eu sou a forja incandescente que transforma seus demônios internos em ferramentas de poder. Abra-se a meu abraço e domínio.
Eu sou a espada resplandecente que te protege do mal.
Eu sou o cadinho no qual todos os seus aspectos se misturam em um arco-íris de união.
Eu sou as profundezas aveludadas do céu noturno, as brumas rodopiantes da meia-noite,
coberta de mistério.
Eu sou a crisálida na qual você ira encarar o que te apavora e da qual você ira florescer vibrante e renovada.
Procure por mim nas encruzilhadas e você será transformada, pois uma vez que você olhe para meu rosto não existe volta.
Eu sou o fogo que beija as algemas e as leva embora.
Eu sou o caldeirão no qual todos os opostos crescem para se conhecer de verdade. Eu sou a teia que conecta todas as coisas.
Eu sou a curadora de todas as feridas, a guerreira que corrige todos os erros a seu tempo.
Eu faço o fraco forte. Eu faço humilde o arrogante. Eu ergo o oprimido e dou poderes ao desprivilegiado. Eu sou a justiça temperada com compaixão.
Eu sou você, eu sou parte de você, estou dentro de você.
Procure-me dentro e fora e você será forte. Conheça-me, aventure-se nas trevas para que você possa acordar com equilíbrio, iluminação e plenitude. Leve meu amor consigo a toda parte e encontre o poder interior para ser quem você quiser.

Essa ditadura assassina a auto-estima, asfixia o prazer de viver, produz uma guerra com o espelho e gera uma auto-rejeição profunda. Inúmeras jovens japonesas repudiam seus traços orientais. Muitas mulheres chinesas desejam a silhueta das mulheres ocidentais. Por sua vez, mulheres ocidentais querem ter a beleza incomum e o corpo magríssimo das adolescentes das passarelas, que freqüentemente são desnutridas e infelizes com a própria imagem. Mais de 98% das mulheres não se vêem belas. Isso não é uma loucura? Vivemos uma paranóia coletiva. Os homens controlaram e feriram as mulheres em quase todas as sociedades. Considerados o sexo forte, são na verdade seres frágeis, pois só os frágeis controlam e agridem os outros. Agora, eles produziram uma sociedade de consumo inumana, que usa o corpo da mulher, e não sua inteligência, para divulgar seus produtos e serviços, gerando um consumismo erótico. Esse sistema não tem por objetivo produzir pessoas resolvidas, saudáveis e felizes; a ele interessam as insatisfeitas consigo mesmas, pois quanto mais ansiosas, mais consumistas se tornam. Até crianças e adolescentes são vítimas dessa ditadura. Com vergonha de sua imagem, angustiados, consomem cada vez mais produtos em busca de fagulhas superficiais de prazer. A cada segundo destrói-se a infância de uma criança no mundo e se assassina os sonhos de um adolescente. Desejo que muitos deles possam ler atentamente esta obra para poderem escapar da armadilha em que, inconscientemente, correm o risco de ficar aprisionados. Qualquer imposição de um padrão de beleza estereotipado para alicerçar a auto-estima e o prazer diante da auto-imagem produz um desastre no inconsciente, um grave adoecimento emocional. Auto-estima é um estado de espírito, um oásis que deve ser procurado no território da emoção. Cada mulher, homem, adolescente e criança deveriam ter um caso de amor consigo mesmos, um romance com a própria vida, pois todos possuem uma beleza física e psíquica particular e única.

I guess that's why people say i'm Cherry. Just fuckin' cherry.

E.W.: So... you ever become that fancy doctor?
C.D.: Never did.
E.W.: I thought for sure you would.
You talked about it enough.
C.D.: That's the problem with goals.
They become a thing you talk about instead of a thing you do.
Sabe toda a injustiça que existe no mundo?
Sabe o que é sentir o peso de toda essa injustiça do mundo nas suas costas?
Esse é o pior dos meus complexos, com o qual não sei lidar. Não me importo com as pessoas específicas, mas com isso não sei não me importar.

Sorry to myself.

Engraçado como eu consigo fazer com que as pessoas se sintam melhores diante de seus problemas ou falta de problemas, que é o maior de todos os problemas.
Mas não consigo fazer o mesmo com a pessoa que mais precisa e a quem mais devo, eu mesma.


Como já disse Alanis, "
And to whom do I owe the biggest apology? I'm sorry to myself. My apologies begin here before everybody else."



It's like hell, baby. (Jenny Schecter)

I... Jennifer Diane Schecter... aka JDS... aka Jenny Schecter... aka Jen... aka Sarah Scheuster... Am not too sure of who i am because there are several of me. They float up from me like phantoms. And slink off to commit acts for which I may or may not be responsible. Jennifer Diane Schecter is not at all sure whether any of this happened, or whether it was simply a tale as told to JDS, by JD, after a poem by J. I, JDS, Jennifer Schecter, JDS have so many selves that I don't know whether i begin or whether i end.

Isso, eu compreendo perfeitamente.

"Análise Crítica sobre o Amor não existente."

"Análise Crítica sobre o Amor não existente."

Romeu e Julieta, o clássico caso de amor proibido. Qualquer um que leia, pode pensar: "Mas como eram idiotas! Julieta, principalmente."
Julieta era linda, de boa família, poderia ter o homem que quisesse, e ainda assim com a aprovação dos pais, o que na época da história, era inevitavelmente importante. Mas não, se apaixonou por um estranho que veio a ser membro de uma família inimiga. Duas famílias que se odeiam à gerações. Os dois jovens apaixonados? Nada pior poderia acontecer. Ou poderia.
Mesmo proibidos de se verem, de se amarem, seguiram com sua paixão que só crescia mais com o tempo. É provável que a proibição tenha ajudado muito nisso.
A velha história: "Tudo que é proibido é mais gostoso.", mas não é disso que quero falar.
O amor cega. Isso é fato. Vejam, por exemplo, aquela garota racional, empírica, sentimental mas que sabe muito bem como organizar seus sentimentos, pra que não se machuque mais que o necessário. (Se machucar, no amor, é inevitável.)
Ela leva uma vida boa, faz o que gosta, se diverte com amigos e com amantes, não se preocupa se o cara vai ligar no dia seguinte e, muito menos, em ligar para ele.
Como um ser humano, racional, ela sabe quando precisa descarregar toda a tensão sexual acumulada em seu sistema, e é exatamente o que ela faz.
Até que... ele aparece.
Ele mesmo, O cara.
Eles passam uma única noite juntos, depois de alguns simples flertes, e de alguma maneira, por alguma razão, algo acontece. Ela espera que ele ligue no dia seguinte, ela sente vontade de pegar o telefone e ligar pra ele. Mas isso não acontece. Logo, a cada vez que o telefone toca, ela corre para atender na esperança de ser ele. Como não é, a decepção vem em seguida.
A lógica seria esquecer, deixar pra lá, mas o que acontece é o seguinte: a abstinência causa um tipo de obsessão pela pessoa.
Então, aquela pessoa que considerava Julieta uma idiota por literalmente morrer de amor, passa a se corroer de amor a cada instante que se passa.
O amor é um vício. A pessoa amada, é como uma droga, que quanto mais tempo se passa sem ela, mais você precisa. E quanto mais se passa com ela, mais se quer. Isso é óbvio, pra qualquer um que já tenha se apaixonado um dia. Amantes tem a mente tão furiosa e fantasias tão fortes que compreendem mais do que a própria razão compreende.

Ao mesmo tempo que Shakespeare dá a entender que esse amor, forte e eterno, capaz de mudar o que somos pelo outro, deixar de lado o que antes era importante e passar a ver o amado como prioridade, ele diz que o amor tem fim.
Seja na decepção ou na morte.
Nas lindas histórias de amor, o amor dos amantes só termina com a morte.
Mas e na decepção? Quer dizer, se a pessoa de decepciona, o amor acaba? Lord Byron não concordaria. E nem eu.
Sofrer por amor, o próprio já se define.
Você se decepciona, sofre, odeia a pessoa que te fez sofrer, mas isso significa que você ainda ama a pessoa. Ainda pensa nela. Odeia tudo que ela te fez de mal, mas as boas lembranças agem como uma tortura - a linha tênue entre o amor e o ódio.

Carta de resposta à quem pergunta e a quem queira perguntar.


Respondendo à certas perguntas. Meu Q.I. não me importa, independente de qual ele seja. Sim, eu já fiz avaliações psicológicas e sei qual é, todos os tipos de análises também. Nada disso me importa. Não. Eu não tenho respostas pra todas as questões que me são feitas. Eu tenho teorias pra todas as questões que me são feitas sim, variando a cada nova evidência que surge. Independente do assunto. Por que? Porque eu sou uma pessoa bem informada, sim. Eu não me considero, eu sei que eu sou, porque não sou atoa. Estudei, pesquisei, li tudo de tudo que já apareceu na minha frente e que me interessou. E claro, isso não é de ontem, isso vem de anos e anos suprindo minha curiosidade extrema e hiperatividade em livros, pesquisas e estudos, em assuntos variados. Quando me diz "Você é do tipo que consegue encontrar uma conspiração até mesmo em um piquenique de igreja" é porque eu tenho uma imaginação muito fértil, sou bem criativa, mas me baseio em fatos, evidências físicas, e é claro, naquilo que acredito mesmo que a ciência não possa provar e considere impossível. Pra mim, nada é impossível. Eu sou do tipo de pessoa que acredita em quase tudo nesse universo. Agora, se eu nasci assim, se é devido à minha inteligência, Q.I., simplesmente curiosidade, não sei dizer. O que eu posso dizer é que eu QUIS ser assim. À muitos anos conheci duas pessoas que vieram à mudar a minha vida. Ou talvez, simplesmente liberaram aquela Bonnie que estava presa dentro de sí mesma, oprimida. Enfim, me mudaram. Um deles, um homem muito inteligente, respeitável, e por ultimo mas não menos importante, livre. Um homem que merece todo meu respeito porque viveu em busca da verdade, do que ele acreditava ser verdade. O tipo de pessoa que, se você perguntasse o que ele queria, ele simplesmente responderia: "Só a verdade.". E essa era a mais pura verdade. Isso me impressionou de tamanha maneira que eu me senti ligada à ele, como se fosse um tipo de espelho... eu me via nele, via nele o que eu queria ser ou o que eu já era mas não conseguia exteriorizar. Ele sempre tinha uma resposta ou ao menos uma teoria, mesmo que da mais maluca, pra tudo que via em sua frente, e eu achava isso simplesmente incrível. Queria mais que tudo ser assim, pois acreditar eu já acreditava. O que eu fiz? Passei anos estudando tudo o que me interessava, tanto que deixei de lado os estudos na escola, pois sempre fui boa aluna, e não via o porque me dedicar tanto à algo que pra mim era tão fácil, diferente das outras coisas que eu estudava que pra mim eram totalmente intrigantes. Cada uma dessas coisas eram pra mim novos desafios, e mais tarde, percebi que era isso, o que me movia eram esses desafios mentais. Mas é claro, não parou por aí. Na mesma época, conheci também uma moça que era como ele, só que ela era um pouco diferente... "ciência acima de tudo", ela dizia, mas sempre com a mente aberta à novas possibilidades, mesmo que as mesmas desafiassem a lógica. Logo, me espelhei nela também. Vi que não era só como ele, mas como ela também. Não me bastava aquilo que desafiasse minha própria lógica, mas também a lógica universal. Foi quando comecei a estudar mais coisas científicas, assim comecei a ver tudo por outra perspectiva também. Tudo ficou muito mais interessante, com a mente sempre aberta, boa entendedora de assuntos que fogem da razão, sempre com teorias das mesmas, mas também com meu lado racional sempre ligado, vendo as coisas dessa maneira e ao mesmo tempo procurando uma explicação científica pra tudo, interpretando os fatos de maneiras que só eu podia entender, mas também com respostas com bases mais racionais. Assim me tornei como sou. Hoje, apesar de ter em mente que as pessoas são seres únicos, penso que são todos iguais. Me distanciei tanto das pessoas que passei a vê-las como um eterno objeto de estudo. Quando vejo alguém na rua, não vejo à tempos uma pessoa, vejo suas raízes culturais, o que a tornou como é, só do jeito de andar, de falar com os amigos. Por isso, talvez, eu seja tão quieta quando saio de casa. Fico observando as pessoas e tentando, não adivinhar, mas sim imaginar o que realmente se passa com essa pessoa, porque certamente o que ela mostra não é o que ela é. Pessoas, animais, objetos, observo tudo ao meu redor. Quando as pessoas falam e quando elas não falam nada. A reação de um cão quando se aproxima de uma pessoa e a reação da pessoa quando se aproxima de um cão. Toda ação causa uma reação. Creio que isso basta como resposta. Eu não sou fria, sou distante. Não sou super inteligente com alto Q.I., sou um tipo de estudante do ser humano, da sociedade, das culturas, da história, das reações, do universo, da ciência. Um tipo de antropóloga/cientista/historiadora/investigadora e tudo mais que eu queira e possa ser. Não sou estranha nem louca, sou eu mesma, gostando ou não. Se tem uma coisa que aprendi, é que por mais que tentemos, podemos mudar como somos, e não o que somos. Podemos mudar nosso jeito de se vestir, de falar, de agir, de sentir, de amar, mas jamais mudar nossa essência. Essência, o que eu creio ser a alma.
Quando digo que sou uma pessoa de poucos amigos, quero dizer nenhum amigo.
Tenho muitos conhecidos, colegas, mas amigos... É como se tivessem morrido, todos. Se suicidaram aos poucos da minha vida, outros eu mesma teria matado.
Desde sempre, eu procurei em tudo a verdade, ou outras formas da verdade. No caso da amizade, respeito, honestidade, lealdade, sinceridade... Na profissão, a verdade em si. "...E aos mortos devemos a verdade."
Hoje, devo dizer que me cansei de tentar confiar nas pessoas, mas isso acontece à bastante tempo. Confio nas figuras imaginárias que eu mesma criei.
E por mais que seja de necessidade humana ter alguém em quem confiar, um amigo, eu me saio melhor sozinha do que mal acompanhada. Conheço muitos que pensam assim, porém poucos que atingiram o fundo do poço, o nada a perder para ter a prova física disso. Claro que novas feridas irão se formar, mas todas cicatrizam. Cicatrizes são o que mais tenho. Mas cicatrizar não quer dizer passar, esquecer, pelo contrário. Cicatrizar quer dizer ficar para sempre marcado em você, no fundo, você nunca esquece, nunca passa. Mas você sobrevive, ao menos.
É o que eu tenho feito, sobreviver.
E cada vez que penso nisso, é uma outra ferida que se abre, e é inevitável.
Às vezes penso que, de mergulhar tão fundo na procura pela verdade em todas as suas formas, eu acabei me afogando.
E essa é uma ferida que nunca cicatriza...

New Year

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1
*Beija um estranho*
Sabe quantas vezes passei por isso e quantos estranhos já beijei na noite de reveillon? Muitas vezes vários na mesma noite.

-Queria que hoje fosse ano novo, de novo.

Pt.2 - As vozes.


Deixa eu te contar uma história primeiro. De início, eram só vozes diferentes em momentos diferentes chamando meu nome, gritando na verdade... mas quando eu olhava pros lados, não havia ninguém, nunca... e nunca era a mesma voz, algumas vezes, a mesma... mas sempre mudava. Eu cheguei a comentar com meu pai quando começou a acontecer, eu era criança ainda... mas ele achou que não fosse nada, na verdade eu também nem liguei muito, só que me ficou na cabeça, é claro... não era muito normal isso. E meu pai provavelmente pensou que fosse coisa de criança, o que óbviamente qualquer adulto pensaria, tirando eu hoje em dia, mas enfim... Me lembro de uma vez que aconteceu à noite, me lembro do exato lugar, toda vez que passo por lá me lembro, principalmente à noite quando estou sozinha... fico parada lá e a lembrança desse acontecimento vem à tona como se estivesse acontecendo de novo na minha frente, como em um filme, enfim... Estávamos voltando de algum lugar, indo pra casa, estávamos de mãos dadas, quando eu ouvi essa voz gritando meu nome, como alguém desesperado correndo pra te alcançar que te grita, então eu parei, olhei pra trás e disse "Oi?...". Essa não foi a primeira vez que aconteceu, mas foi uma das primeiras. Meu pai apertou minha mão, eu olhei pra ele e perguntei "Você não ouviu? Alguém me chamou... só que não tem ninguém.", e ele quase que de imediato me puxou forte pela mão, sem olhar pra trás e disse "Não olha pra trás. Nunca mais olha pra trás, muito menos responda, Okay??", e eu "Mas pai, eu ouvi..." e ele "Não. Me prometa!" então eu prometi... mas não cumpri. Não entendi muito bem... passei a noite em claro, mas não por causa da voz, e sim por causa da reação do meu pai... pensei: "Será que ele ouviu? Será que ele também ouve? O que é essa voz que me chama mas quando olho, não tem ninguém? Ou será que eu sou maluca, e ele simplesmente por não ouvir nada, e devido à minha convicção, me acha maluca por ouvir e responder?", nunca obtive a resposta pra essas perguntas... esses assuntos nunca eram comentados, ele ficava bravo quando eu falava nisso, ficava com aquele nervo na cabeça vermelho como se fosse explodir e ia pra outro lugar. Ainda me pergunto se ele ficava assim por não querer que sua filha seja uma lunática, ou porque... ele também podia ouvir... ou pior, sabia algo sobre isso e não queria me contar... talvez pra que não o achassem maluco também, enfim... nunca terei as respostas pra essas perguntas, só as perguntas mesmo. Bom, como eu disse, eu não cumpri a promessa... eu sempre olhei quando ouvia chamarem meu nome, muitas vezes respondia, principalmente quando acontecia dentro de casa, mesmo quando eu estava sozinha e sabia disso... eu fingia achar que era meu pai ou minha mãe e andava pela casa procurando. Claro, nunca achei nada... Com o tempo a freqüência aumentou, acontecia quase todos os dias, depois todos os dias, depois várias vezes todos os dias, até que eu parei de procurar, mas não de responder... só que aí eu já não era como antes, eu perguntava, muitas vezes gritando, "O que você quer? Me deixa em paz!". Depois, as coisas foram ficando cada vez mais estranhas... eu acordava com arranhões (provavelmente de me debater durante o sono), assustada, e sempre tinha algo fora do lugar. A primeira coisa em que pensei foi que estava ficando louca e que provavelmente estava sofrendo de sonambulismo. Cheguei, um dia, a pegar emprestado a câmera filmadora da minha tia e colocar na frente da minha cama, ligada e virada pra mim, antes de dormir, mas nunca acontecia nada. Até que um dia acordei assustada, ouvi um barulho na cozinha e fui ver, levando a câmera comigo, mas não havia nada... já era quase 05:00am então eu voltei a fita pra assistir. Não havia nada de estranho nela também, eu não havia movido um músculo enquanto dormia, só quando acordei de repente. Quando minha mãe acordou, ela me perguntou quem havia mexido no armário, e eu sabia que não tinha sido eu, mas também não foi mais ninguém na casa... Mas isso de nada importou, nem mesmo pra mim. Mesmo sendo criança, queria respostas... não conforto ou respostas evasivas de meus pais, mas sim respostas lógicas, racionais. Então fui à procura disso, e nenhum lugar melhor do que a biblioteca e todo seu acervo de livros e silêncio. Foi quando comecei a ler tanto sobre Psicologia e Neurologia, quanto sobre o Oculto. Nos livros que li, vi várias respostas... o que me levou à um desejo por uma busca mais à fundo... ler não era suficiente, li, estudei, pesquisei sobre tudo isso, queria entender tudo o que acontecia e não acontecia, pra que quando acontecesse eu tivesse algo a me dizer. É claro que vários distúrbios psicológicos me vieram à cabeça. Dois em especial, e mais um distúrbio psicológico diferente, que não era causado pelo ambiente, ou seja, por tudo que já vi, ouvi, li, enfim, pelo meio em que vivi e tudo que havia aprendido e acontecido comigo. Mas sim um genético, passado de... pai pra filha, por exemplo, que causava coisas que haviam acontecido comigo, e me davam até uma explicação razoável para o comportamento do meu pai em relação à isso - assunto que trouxe à tona certa vez e causou uma discussão sem argumentos da outra parte, e me fez ouvir mais uma vez aquelas palavras, "Eu não quero ouvir mais nada sobre isso, esse assunto acaba aqui e agora.". Quanto ao oculto, entrei cada vez mais fundo também, inclusive, para entender melhor certos aspectos de situações vivenciadas por mim anos antes, me tornei membro de um grupo de seguidores de Wicca de São Paulo, me correspondendo com eles pelo correio, inclusive com a autora de vários livros sobre Wicca que li, ela lia minhas cartas e respondia atenciosamente, como quem realmente se interessava e queria ajudar. Depois disso, tive várias experiências que hoje só podem ser "explicadas" como paranormais, algumas provocadas por mim, outras naturais. Coisas às quais eu até então não dava atenção alguma, que pra mim até então não tinham ligação alguma, mas depois juntando todas, tudo fazia algum sentido. E admito, seguir o oculto era mais fácil do que acreditar que eu tinha algum problema mental, como pensava (e ainda pensa) minha mãe e sua família. A mulher com quem eu me correspondia, autora dos livros, me disse pra não ignorar as vozes, perguntar o que elas queriam, se eu podia ajudar ou coisa assim. Devia pensar que era algum tipo de manifestação sobrenatural ou um Poltergeist . Disse à ela que nada acontecia, então ela só pôde me aconselhar a não ignora-las. E não ignorei. Depois de um tempo, cheguei até a pensar que era mesmo coisa da minha cabeça, ou minha consciência, até que as coisas mudaram. Não chamavam mais pelo meu nome, me diziam por onde ir, o que dizer e não dizer, e eu muitas vezes aceitava. Cheguei a achar que era um tipo de manifestação de meus instintos, por eu ser mais aberta à fenômenos paranormais e coisas que a razão não explica, por acreditar, pois elas me diziam pra não pegar tal rua, pra ir por tal lugar, quando ao mesmo tempo eu tinha a exata sensação de que realmente não deveria ir por tal lugar. Já havia lido sobre isso, e é bem comum. Mas o que era comum se tornou maior e mais forte, ao ponto de eu me fechar em um mundo só meu, era um mundo melhor. Ouvir as vozes sem rostos era melhor do que ouvir as pessoas. As vozes não mentiam, não me faziam sentir-me mal. Eu nunca confiei em ninguém além das vozes, sabia quando as pessoas estavam mentindo e quando queriam me enganar, me fazer mal, e depois de um tempo não precisava mais das vozes pra me dizerem isso, não que elas tenham ido embora, elas nunca me deixaram. Anos se passaram e eu acabei saindo desse mundo pra tentar me encaixar nesse mundo que chamam de vida real, passei a fingir que não haviam vozes e tentei confiar nas pessoas. As vozes me diziam que eu iria me arrepender disso, porque todos iriam me trair e me abandonar. Pois bem, aconteceu exatamente assim, só que não me arrependo de ter tentado confiar nas pessoas, de me aproximar, de ouvir vozes com rostos, mesmo tendo sido tão traída por esses rostos. Pelo menos posso dizer que tentei. E como tentei, tentei durante anos, muitas pessoas passaram por minha vida, mas uma coisa não mudou desde as primeiras... a dificuldade em confiar. Ela só cresceu, hoje em dia tenho extrema dificuldade até mesmo em dizer um simples "Oi.". Ah, claro, não foi tão simples assim...digamos que, legalmente, sou considerada insana. Tenho um atestado comprovando isso, graças à um psiquiatra que tive que ir à força, pois cheguei a ser internada pra tratar o "meu problema mental/psicológico" (o psiquiatra e os psicólogos nunca chegaram à uma conclusão exata, cada um quis me tratar de um transtorno diferente). Costumo dizer brincando que passei parte da vida dopada, quando me perguntam sobre certas coisas, dizia "Não sei, devia estar fora do ar nessa época." Foram tempos difíceis, costumo dizer que nasci com 11 anos e à partir daí passei os próximos 5 anos dopada. Não é de todo mentira, afinal, realmente passei essa época dopada. Porém, foi nessa mesma época que não escutei as vozes e saí do meu mundinho pra viver um pouco aqui fora, coisas das quais não me arrependo, aprendi muito com isso. Devo acrescentar que hoje rio disso com as vozes. É, elas continuam comigo... quando digo 'brincando', como disse pra D., "Cuidado, senão "as vozes" vão te ouvir...", não é de todo brincadeira... são vozes, muitas vezes diferentes, sem nomes, sem face... são parte de mim, são eu mesma dividida em partes, com grande conhecimento das coisas da vida, até daquelas que nem experimentei. São aquela sensação constante de Déjà Vu, meus instintos que me guiam nas ruas escuras e solitárias da vida, o diabinho de um lado e o anjo do outro, meu melhor amigo, meu pior inimigo, minha doença mental, meus distúrbios/transtornos psicológicos, a minha insônia e o meu calmante, a curiosidade que me move como a gasolina move um carro, o travesseiro que se molha com as minhas lágrimas, o ouvido que surda com as minhas risadas, meu lado oculto... que eu posso contar pra todo o mundo e jamais será visto, continuará sendo o meu jardim secreto, onde ninguém, jamais foi e jamais irá. Elas são... eu.

Eu e D. Pt. 1 (Como o assunto veio à tona)

-D.: Mas que história maluca é essa?
-Eu: Ah, não é nada... é só uma coisa que eu ouvi e depois fiquei com ela na cabeça... mas provavelmente não é nada e só vai ficar na minha cabeça por pouco tempo, porque nem vou atrás.
-D.: Estranho vindo de você... que nunca deixa nada escapar, sempre vai atrás das coisas. De início achei que fosse um tipo bizarro de hobby, mas depois...
-Eu: Mas depois... o que?
-D.: É que... não me leva a mal, mas você sempre encontra alguma coisa totalmente inexplicável nessas histórias que contam e a gente acredita, esquece, deixa pra lá... você sempre vai atrás e acha algum podre que ninguém entende, mas você explica de uma maneira que acaba fazendo a gente acreditar até mesmo no que não acreditamos... você consegue encontrar uma conspiração até nun piquenique de igreja, haha... Mas então, você acha que tem algo além do que estão nos dizendo? Porque eu acredito que tenha algo a ver com Aliens ou algo assim...
-Eu: Aliens? Haha, não, D... não tem nada a ver com isso. É só que... bom, deixa pra lá, como eu disse, não é nada. Você não devia ficar me ouvindo, deve ter coisa melhor pra fazer.
-D.: Fala sério, coisa melhor? Isso é melhor que TV. Me fala, você disse algo sobre ter pessoas importantes lá, mas não comentou à respeito, você acha que 'tá ligado à isso?
-Eu: D., é sério... esquece, eu já deixei pra lá, melhor você fazer o mesmo, ou... *pausa infeliz*
-D.: Ou... o que?
-Eu: Ou... "as vozes" vão ouvir... É maluquice total, esquece!
-D.: De jeito nenhum, agora que quero ouvir... O que são "as vozeees"?
-Eu: Quer mesmo saber? Okay...
Morrer...Dormir... Nada mais!
Termina a vida
E com ela terminam nossas dores:
Um punhado de terra,
algumas flores,
E às vezes uma lágrima
fingida!

Sim! Minha morte não
será sentida;
Não deixo amigos,
nem tive amores,
Ou se os tive, mostraram-se
traidores,
Algozes vis de uma alma
consumida.

Tudo é podre no mundo.
Que me importa
Que ele amanhã se esbroe
e que desabe,
Se a natureza para mim
é morta!

É tempo já que meu exílio acabe...
Vem, pois, ó morte, ao nada
me transporta!
Morrer...Dormir...
Talvez sonhar...Quem sabe?

Francisco Otaviano
It comes the day that you gotta grow up. Well, i did.
Friends? I don't know what that means.
People? They hate me and they always did. And I don't give a damn about it.
Family? Whole lotta pretenders.
And i don't fuck losers anymore.

There we go again...


Lá vamos nós de novo. Amizade, aaah como eu adoro falar disso.
Recebi esses dias um comentário que não entendi, então minha resposta foi um simples
"?". A pessoa que me mandou o recado respondeu ao meu ponto de interrogação com uma explicação e mais um comentário, dizendo que "dá pra ver que não 'tô afim de papo, e que aderi à modinha blablabla". A modinha blablabla se refere à uma "briga" entre dois "amigos", uma amiga e um amigo que brigaram. O problema é deles, eu não tenho nada com isso. Se eles não se falam mais, se eles se odeiam, não tenho nada com isso... continuo na mesma com os dois, se o problema não teve nada haver comigo. E não teve. Por isso não aderi à modinha nenhuma.
Não, eu não estou muito afim de papo com esse
amigo mesmo, vejamos o que pode ser o porquê.
-Não nos falamos muito, e um dia ele vem do nada na minha casa, eu o convido pra entrar, conversamos um pouco, ele me pergunta um pouco da vida da amiga como se eles fossem super amigos que só não se falam muito, quando na verdade ela não quer saber dele nem pintado de ouro e coberto por diamantes. Mas enfim, conversamos um pouco, cada um conta um pouco de sua vida.
-Converso com bastante pessoas, conto um pouco da minha vida pra algumas pessoas. Essas pessoas vem às vezes e me perguntam como estou.
-Depois de séculos dessa visita, ele me deixa esse comentário perguntando como anda a minha vida, em relação à aquela mesma conversa que tivemos naqueeeele dia que ele veio me visitar. Pois bem, só lembrou agora que eu existo ou não tem mesmo mais o que fazer e lembrou de mim, e assim resolveu falar comigo por falta de com quem falar? Enfim.
-Diz que
não 'tou afim de papo porque aderi à tal modinha de não falar com ele por causa dessa briga com a amiga. Isso não é verdade. Tenho vontade própria, se não quero falar com alguém tenho meus motivos.
Se não 'tou afim de papo com você(caso leia isso), é por causa de algo que você ME fez. Nada a ver com ninguém mais.
-Se eu digo
"amigo", é porque você NÃO é meu amigo. Você é alguém que conheço, já saímos, conversamos, bebemos juntos, enfim... isso não quer dizer que sejamos amigos. Se fosse assim, teria milhões de amigos.
A base da amizade aqui é a confiança, o que não existe entre pessoa
A,eu, e pessoa B, você. E você fez por merecer.
No meio de uma guerrinha entre
amigos, você escolheu um lado, pra exemplificar. No momento que você escolheu um lado, o que não foi o meu, você defendeu a outra parte, ao mesmo tempo insultando a minha parte. Creio que amigos não fazem isso. Fora que o lado que estava certo era o meu, o que foi posteriormente provado.
E para finalizar, mesmo que tivesse escolhido o
meu lado, nada mudaria. Pra mim, amigos não escolhem lados em brigas entre amigos. Mas sim, ficam na sua. Mas essa é a minha visão sobre amizade, e me vejo bem esclarecida aqui.
Caso precise, esse post será usado como uma carta de explicação, mas já digo: não tenho que explicar nada à ninguém, por mais que esteja fazendo isso agora.
Vejam isso como um post sobre a minha concepção sobre amizade.

Ass.: uma pessoa de poucos amigos.

Eu ando pedindo demais de mim. Antes achei que fosse algum tipo de auto-cobrança, mas não é. É puro tédio, ócio e falta de vontade também. Isso sim estava pesando em mim e acabei me confundindo, pois andava confusa.
Não, não ando grossa e direta, eu sempre fui assim, só estava me escondendo dos outros porque assim me esconderia de mim, pensava eu, pelo menos. Não consegui me esconder de mim, não a essência. É aquela coisa que vive no nosso interior, no âmago do ser, a alma talvez. Não dá pra mudar isso ou se esconder dela, é pior que sombra... mesmo no escuro, ela continua lá com você.
Tanto tentei me esconder disso, de mim, que mais me perdia. Quando desisti de fugir, BOOM, cá estoy yo, tão bem como sempre estive, melhor que poderia estar - infeliz com a minha vida e com o que eu mesma fiz com ela, como sempre - ninguém à culpar, ninguém de quem me esconder.
E agora só o que tenho é dor nas costas, e que dor... céééuss.
E raiva... não de mim, claro, mas das pessoas, aí sim... raiva de quem prometeu estar lá quando eu precisasse e não estava. Não estava porque o mundo não gira ao meu redor, as pessoas tem suas vidas e seus problemas, e tem mais é que cuidar disso mesmo. E eu? E eu que me dane, eu digo.
Não vou dizer
"Eu não preciso de você, eu não preciso de ninguém!" porque é mentira, preciso sim.
Preciso de companhia às vezes, de um afago amigo, mas se não tenho, eu que me dane!
Às vezes tenho vontade de
apelar, se é que isso é apelar, dizendo pra alguém "Ah, você vai vir pra cá, é? Bom, qualquer coisa me liga... ou a gente se vê por aí né..." - E então eu fico à procura da pessoa onde ela estiver, sabendo que ela está lá, e quando a vejo, vou perto o suficiente pra que ela me veja e finjo que não a vi, até ela vir até mim. Isso é apelar por companhia? Se for, quase fiz isso, mas não o fiz.
Ah, enfim... estou só desabafando aqui, porque não tenho com quem conversar, e olha... por mais calada que eu seja, eu gosto de conversar. Por mais solitária que eu seja, gosto de alguma companhia às vezes. Como diria aquele esquizofrênico simpático que conheci à anos, nem me lembro seu nome, mas me lembro de seu rosto simpático e cheio de sinceridade,
"Sou só um ser humano, o que eu posso fazer? Sou só um ser humano... desculpa, mas sou só um ser humano!". Rapaz... ele vivia dizendo isso, pra tudo que dizia e fazia, seria mais hilário se ele não tivesse sido abandonado na casa de cuidados psiquiátricos pela família.
Mas enfim... é só isso por enquanto.

E aí... será que é isso? No fim das contas,
somos só seres humanos, o que podemos fazer?

Eu tenho problemas como qualquer um, mas tenho um em especial. Dizem que sou extremamente exigente, mas não acho que eu seja... o problema é que eu quero MUITAS coisas simples, sonhos, desejos, coisas pequenas e simples... por isso pareço exigente. Eu escrevo e escrevo muitas coisas aqui, eu falo muitas coisas, que parecem coisas pensadas, super importantes, mas pra mim nem são. São qualquer coisa que se passa em minha cabeça e eu sei lá porque resolvo compartilhar com as pessoas, e as pessoas não entendem, assim me achando uma pessoa super inteligente, que entende tudo de tudo e sempre tem super assuntos complexos... então além de exigente, eu pareço uma nerd que se diverte mais lendo livros e conversando com o avô do que saindo pra beber com amigos e ir pra balada. Okay, eu prefiro um bom livro e vou todos os dias na casa do meu avô pra assistir jornal e discutir sobre as matérias, conversar sobre coisas do passado dele e minha opinião sobre isso. Amigos... essa palavra me corrói às vezes. Afinal, o que são amigos? Aquelas pessoas com quem eu saía pra festas, enchia a cara na faixa graças à eles, sempre tinha onde ir, não importava onde fosse. Mas que estavam ocupadas demais fazendo o mesmo enquanto eu estava sozinha em casa triste da vida precisando de um ombro pra chorar. Que, por mais que não precisasse, estavam ocupados demais se divertindo em churrascos no sábado que meu pai morreu pra virem até minha casa dar os pêsames? Que preferiram continuar bebendo naquele bar na noite que minha mãe me ligou desesperada me pedindo pra voltar pra casa porque minha avó havia morrido e ninguém tinha avisado por um erro do hospital, e alguém precisava ficar com meu irmão e ir até a casa do meu avô contar pra ele, pois o hospital achou melhor avisar minha mãe antes...? É, amigos... belos amigos, Bo! Não. Meu amigo queria que eu largasse tudo o que eu estava fazendo pra ir contar pro meu avô porque achava que eu era a melhor pessoa pra isso, mas eu não era então pedi pra simplesmente ficar com ele, e ele ficou comigo. A primeira vez que eu abri a boca pra falar o que eu realmente senti em relação à morte de meu pai foi com meu amigo, que ao invés de me consolar, me deixou botar tudo pra fora e mesmo sem eu pedir, ele me deu naquele momento o que eu mais precisava, um pouco de silêncio. Meu amigo me deu algo que eu nunca tive... um Natal acompanhada de alguém que gosto, ele. Até então, passei todos os natais em casa sozinha no quarto assistindo o mesmo episódio antigo de The X-Files. Não me importo com datas comemorativas, na verdade não comemoro nada, nem mesmo meu aniversário, mas no fundo era algo que eu sempre quis, passar um Natal com alguém com quem me importo e que se importa comigo. Ele me deu isso. Meu amigo me ouviu quando precisei falar e eu o escutei quando ele precisou falar. Meu amigo me mostrou, sem querer nem perceber, que eu sou capaz de amar alguém de uma forma praticamente indescritível. Eu o amo como homem, como amigo, como irmão, como pai. Como a pessoa de quem eu sentiria saudade mesmo se não o conhecesse. Enfim. Essas coisas que escrevo, que dizem "nossa, você escreve muito bem!", não são nada além de palavras amontoadas que saem da minha cabeça diretamente pra cá, uma vez que não tenho diário, e como disse, parecem coisas pensadas, mas não é nada importante... mas enfim, as coisas que eu digo as vezes tem certa repercussão, mas e daí? Como digo pros Testemunhas de Jeová e pessoas do tipo que vem em minha casa encher o saco, não é o suficiente pra você saber que eu vou queimar no inferno? me deixa em paz...