Mais uma conversa non-sense que me fez todo sentido.


Começando não do começo, mas enfim... Eu = pessoa B., "conselheira" = pessoa M.

M.: Como é que você 'tá? Me contaram o que aconteceu.
B.: Eu? Eu 'tou ótima! Me apaixonar por um psicopata que sabe-se lá como descobriu mais de mim do que eu mesma sei pra poder me perseguir por aí e ainda tentar me atropelar com o carro é minha maneira de viver la vida loca.
M.: Não tinha como você saber que ele era assim, ninguém realmente sabia, nem os amigos mais próximos...
B.: Talvez... Mas isso confirma um gosto por homens e costume perturbador na minha vida. E por mais que eu gostaria de poder negar, eu pareço ser um ímã pra todo tipo de maluco capaz de qualquer coisa pra seguir em frente com relacionamentos que nem mesmo existem.
M.: Ah, não acredito. Acho que não é bem assim.
B.: Vai por mim, você não vai querer ler o currículo da minha vida sentimental. Mas mesmo assim, por que eu não consigo conhecer um cara decente, de uma família legal que por acaso não seja um psicopata?
M.: Sabe, quando eu tinha a sua idade, eu não saía com "príncipes encantados" também.
B.: Sério?
M.: Pois é. Eu costumava atrair o tipo cruel, ignorante e misterioso também. Até eu conhecer o "J.".
B.: Mas é que, o que me preocupa é que e se quando o meu "J." finalmente aparecer eu estiver olhando pra outro lado e simplesmente não vê-lo.
M.: Bem, você tem que prestar atenção. Sabe, eu acho que a gente tem que passar por esses relacionamentos ruins por um motivo.
B.: Bom, se tem um bom motivo pra todo esse sofrimento e agravação, eu 'tô louca pra saber.
M.: Talvez você tenha que passar por todos os caras errados pra poder reconhecer o certo.


Okay, nada nessa conversa foi uma grande novidade pra mim, mas na situação atual, poder ouvir isso de alguém que já passou por tudo isso há muito tempo e não só tem bastante experiência como também superou e seguiu em frente e encontrou a tal "felicidade a dois", foi bastante bom até.
Claro que isso não muda o fato de que minha visão vai continuar da mesma maneira por um bom tempo ainda, e eu ainda vou passar por muitos psicopatas como os anteriores, mas quem sabe um dia eu não encontre um cara que pelo menos não seja um maluco que tentou se matar porque terminei uma relação que nem existia uma semana depois de conhece-lo, ou que não me siga pela cidade e ainda tente me atropelar pelo mesmo motivo, ou que só porque o chamei de ignorante não me jogue do outro lado do quarto quase me mandando pro hospital, ou que não tente me "vender" pro pai tarado pra ganhar um carro porque o tal me achava gostosa, ou que não me deixe sozinha, presa nun quarto de motel no meio da estrada pra tentar me controlar, ou... bom, como eu disse, deixa o meu currículo amoroso pra lá... isso não é nem o começo ainda mesmo.
Mas sinceramente? Acho que cansei de viver la vida loca.
Pelo menos por enquanto...

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