I am myself to the bone, and that ain't gonna change.

"-A: O que foi? Concorda com ela?
-B: Não totalmente.
-A: Não totalmente? Então quer dizer parcialmente.
Eu fui perfeitamente clara. Não acha que eu fui clara?
-B: Algumas vezes. É... em outras vezes foi... difícil de acompanhar.
-A: Do que está falando? Quando?
-B: Quando... estava... falando.
Escuta, eu sei que você se preocupa com as coisas, mas devia deixar que vissem isso.
-A:
Eu devia (fingir) representar?
-B: Só um pouquinho... Quer dizer, você viu como eu me porto... como um cara direto, durão...!?
-A: Você É um cara direto e durão.
-B: Exatamente!
Não ia machucar se as pessoas vissem quem você realmente é.
-A: Eu não sei quem você acha que eu sou, porque essa aqui é quem eu realmente sou.
Só... isso."


É só que... me dizem o tempo todo pra eu me portar, agir, falar diferente.
Tentar, ao menos, quando em algum evento social ou uma "reunião de amigos", participar de conversas cujo assunto eu considero fútil ou simplesmente não me interessa nem um pouco.
Pra que eu não pareça anti-social, pra que as pessoas não pensem que sou assim porque não gosto delas, como se eu ao menos me importasse com elas.
Que eu me importe com os assuntos pessoais de indivíduos que eu nunca vi na vida.
Que eu vá em festas só porque a grande maioria vai.
Que eu tenha um namorado pra... pra que mesmo? Alguém que eu conheça por aí, que não me conhece e nem vai querer me conhecer de verdade a não ser nua? Pra que eu tenha alguém com quem meter sempre que eu quiser sem ser taxada de vadia, e também poder mudar meu status no Orkut?
Que eu seja menos eloqüente, abrasiva e sarcástica só porque as pessoas é que não conseguem me acompanhar?
Que eu use roupas da moda só pra ser melhor vista perante à sociedade jovem, fútil e ridícula que (não) conheço e não ser considerada "brega"?
Olha, eu sinto muitíssimo... por você.
Porque isso... não vai acontecer.


Eu simplesmente não posso passar toda a minha vida representando uma personagem de quem as pessoas vão adorar, porque enquanto isso a pessoa que realmente importa nessa história, que sou eu mesma, passará cada minuto, hora, de cada dia da semana, mês, anos... se odiando. E eu não posso deixar isso acontecer, jamais.

Eu importo, sabia? E mesmo que eu seja a única pessoa que se importa comigo, que me aguenta (na maioria das vezes, pelo menos), que me aceita como eu sou, assim, simples assim, eu prefiro uma única pessoa na vida que se importe comigo realmente do que milhares de pessoas fingindo, porque até onde eu sei, vi, ouvi, experimentei até hoje, é só isso que as pessoas sabem fazer: botar a droga do super-bonder na máscara, colar na cara e julgar os outros sem ao menos conhece-los, sem ao menos SE conhecer.
Pra mim, você que é assim, é só uma "pessoínha" que não se importa consigo mesmo. Então eu sinto por você, porque se nem você mesmo se importa contigo, ninguém mais vai se importar, e talvez você nunca saiba disso.

A ignorância é o preço da felicidade?

2 comments:

Tatiana said...

Sobre a pergunta final: se for, sejamos então infelizes hasta siempre.

Sly said...
This comment has been removed by the author.