
Respondendo à certas perguntas. Meu Q.I. não me importa, independente de qual ele seja. Sim, eu já fiz avaliações psicológicas e sei qual é, todos os tipos de análises também. Nada disso me importa. Não. Eu não tenho respostas pra todas as questões que me são feitas. Eu tenho teorias pra todas as questões que me são feitas sim, variando a cada nova evidência que surge. Independente do assunto. Por que? Porque eu sou uma pessoa bem informada, sim. Eu não me considero, eu sei que eu sou, porque não sou atoa. Estudei, pesquisei, li tudo de tudo que já apareceu na minha frente e que me interessou. E claro, isso não é de ontem, isso vem de anos e anos suprindo minha curiosidade extrema e hiperatividade em livros, pesquisas e estudos, em assuntos variados. Quando me diz "Você é do tipo que consegue encontrar uma conspiração até mesmo em um piquenique de igreja" é porque eu tenho uma imaginação muito fértil, sou bem criativa, mas me baseio em fatos, evidências físicas, e é claro, naquilo que acredito mesmo que a ciência não possa provar e considere impossível. Pra mim, nada é impossível. Eu sou do tipo de pessoa que acredita em quase tudo nesse universo. Agora, se eu nasci assim, se é devido à minha inteligência, Q.I., simplesmente curiosidade, não sei dizer. O que eu posso dizer é que eu QUIS ser assim. À muitos anos conheci duas pessoas que vieram à mudar a minha vida. Ou talvez, simplesmente liberaram aquela Bonnie que estava presa dentro de sí mesma, oprimida. Enfim, me mudaram. Um deles, um homem muito inteligente, respeitável, e por ultimo mas não menos importante, livre. Um homem que merece todo meu respeito porque viveu em busca da verdade, do que ele acreditava ser verdade. O tipo de pessoa que, se você perguntasse o que ele queria, ele simplesmente responderia: "Só a verdade.". E essa era a mais pura verdade. Isso me impressionou de tamanha maneira que eu me senti ligada à ele, como se fosse um tipo de espelho... eu me via nele, via nele o que eu queria ser ou o que eu já era mas não conseguia exteriorizar. Ele sempre tinha uma resposta ou ao menos uma teoria, mesmo que da mais maluca, pra tudo que via em sua frente, e eu achava isso simplesmente incrível. Queria mais que tudo ser assim, pois acreditar eu já acreditava. O que eu fiz? Passei anos estudando tudo o que me interessava, tanto que deixei de lado os estudos na escola, pois sempre fui boa aluna, e não via o porque me dedicar tanto à algo que pra mim era tão fácil, diferente das outras coisas que eu estudava que pra mim eram totalmente intrigantes. Cada uma dessas coisas eram pra mim novos desafios, e mais tarde, percebi que era isso, o que me movia eram esses desafios mentais. Mas é claro, não parou por aí. Na mesma época, conheci também uma moça que era como ele, só que ela era um pouco diferente... "ciência acima de tudo", ela dizia, mas sempre com a mente aberta à novas possibilidades, mesmo que as mesmas desafiassem a lógica. Logo, me espelhei nela também. Vi que não era só como ele, mas como ela também. Não me bastava aquilo que desafiasse minha própria lógica, mas também a lógica universal. Foi quando comecei a estudar mais coisas científicas, assim comecei a ver tudo por outra perspectiva também. Tudo ficou muito mais interessante, com a mente sempre aberta, boa entendedora de assuntos que fogem da razão, sempre com teorias das mesmas, mas também com meu lado racional sempre ligado, vendo as coisas dessa maneira e ao mesmo tempo procurando uma explicação científica pra tudo, interpretando os fatos de maneiras que só eu podia entender, mas também com respostas com bases mais racionais. Assim me tornei como sou. Hoje, apesar de ter em mente que as pessoas são seres únicos, penso que são todos iguais. Me distanciei tanto das pessoas que passei a vê-las como um eterno objeto de estudo. Quando vejo alguém na rua, não vejo à tempos uma pessoa, vejo suas raízes culturais, o que a tornou como é, só do jeito de andar, de falar com os amigos. Por isso, talvez, eu seja tão quieta quando saio de casa. Fico observando as pessoas e tentando, não adivinhar, mas sim imaginar o que realmente se passa com essa pessoa, porque certamente o que ela mostra não é o que ela é. Pessoas, animais, objetos, observo tudo ao meu redor. Quando as pessoas falam e quando elas não falam nada. A reação de um cão quando se aproxima de uma pessoa e a reação da pessoa quando se aproxima de um cão. Toda ação causa uma reação. Creio que isso basta como resposta. Eu não sou fria, sou distante. Não sou super inteligente com alto Q.I., sou um tipo de estudante do ser humano, da sociedade, das culturas, da história, das reações, do universo, da ciência. Um tipo de antropóloga/cientista/historiadora/investigadora e tudo mais que eu queira e possa ser. Não sou estranha nem louca, sou eu mesma, gostando ou não. Se tem uma coisa que aprendi, é que por mais que tentemos, podemos mudar como somos, e não o que somos. Podemos mudar nosso jeito de se vestir, de falar, de agir, de sentir, de amar, mas jamais mudar nossa essência. Essência, o que eu creio ser a alma.

2 comments:
o melhor texto que li aqui.
não sei se é o melhor mas, arrasou.
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