Morrer...Dormir... Nada mais!
Termina a vida
E com ela terminam nossas dores:
Um punhado de terra,
algumas flores,
E às vezes uma lágrima
fingida!

Sim! Minha morte não
será sentida;
Não deixo amigos,
nem tive amores,
Ou se os tive, mostraram-se
traidores,
Algozes vis de uma alma
consumida.

Tudo é podre no mundo.
Que me importa
Que ele amanhã se esbroe
e que desabe,
Se a natureza para mim
é morta!

É tempo já que meu exílio acabe...
Vem, pois, ó morte, ao nada
me transporta!
Morrer...Dormir...
Talvez sonhar...Quem sabe?

Francisco Otaviano
It comes the day that you gotta grow up. Well, i did.
Friends? I don't know what that means.
People? They hate me and they always did. And I don't give a damn about it.
Family? Whole lotta pretenders.
And i don't fuck losers anymore.

There we go again...


Lá vamos nós de novo. Amizade, aaah como eu adoro falar disso.
Recebi esses dias um comentário que não entendi, então minha resposta foi um simples
"?". A pessoa que me mandou o recado respondeu ao meu ponto de interrogação com uma explicação e mais um comentário, dizendo que "dá pra ver que não 'tô afim de papo, e que aderi à modinha blablabla". A modinha blablabla se refere à uma "briga" entre dois "amigos", uma amiga e um amigo que brigaram. O problema é deles, eu não tenho nada com isso. Se eles não se falam mais, se eles se odeiam, não tenho nada com isso... continuo na mesma com os dois, se o problema não teve nada haver comigo. E não teve. Por isso não aderi à modinha nenhuma.
Não, eu não estou muito afim de papo com esse
amigo mesmo, vejamos o que pode ser o porquê.
-Não nos falamos muito, e um dia ele vem do nada na minha casa, eu o convido pra entrar, conversamos um pouco, ele me pergunta um pouco da vida da amiga como se eles fossem super amigos que só não se falam muito, quando na verdade ela não quer saber dele nem pintado de ouro e coberto por diamantes. Mas enfim, conversamos um pouco, cada um conta um pouco de sua vida.
-Converso com bastante pessoas, conto um pouco da minha vida pra algumas pessoas. Essas pessoas vem às vezes e me perguntam como estou.
-Depois de séculos dessa visita, ele me deixa esse comentário perguntando como anda a minha vida, em relação à aquela mesma conversa que tivemos naqueeeele dia que ele veio me visitar. Pois bem, só lembrou agora que eu existo ou não tem mesmo mais o que fazer e lembrou de mim, e assim resolveu falar comigo por falta de com quem falar? Enfim.
-Diz que
não 'tou afim de papo porque aderi à tal modinha de não falar com ele por causa dessa briga com a amiga. Isso não é verdade. Tenho vontade própria, se não quero falar com alguém tenho meus motivos.
Se não 'tou afim de papo com você(caso leia isso), é por causa de algo que você ME fez. Nada a ver com ninguém mais.
-Se eu digo
"amigo", é porque você NÃO é meu amigo. Você é alguém que conheço, já saímos, conversamos, bebemos juntos, enfim... isso não quer dizer que sejamos amigos. Se fosse assim, teria milhões de amigos.
A base da amizade aqui é a confiança, o que não existe entre pessoa
A,eu, e pessoa B, você. E você fez por merecer.
No meio de uma guerrinha entre
amigos, você escolheu um lado, pra exemplificar. No momento que você escolheu um lado, o que não foi o meu, você defendeu a outra parte, ao mesmo tempo insultando a minha parte. Creio que amigos não fazem isso. Fora que o lado que estava certo era o meu, o que foi posteriormente provado.
E para finalizar, mesmo que tivesse escolhido o
meu lado, nada mudaria. Pra mim, amigos não escolhem lados em brigas entre amigos. Mas sim, ficam na sua. Mas essa é a minha visão sobre amizade, e me vejo bem esclarecida aqui.
Caso precise, esse post será usado como uma carta de explicação, mas já digo: não tenho que explicar nada à ninguém, por mais que esteja fazendo isso agora.
Vejam isso como um post sobre a minha concepção sobre amizade.

Ass.: uma pessoa de poucos amigos.

Eu ando pedindo demais de mim. Antes achei que fosse algum tipo de auto-cobrança, mas não é. É puro tédio, ócio e falta de vontade também. Isso sim estava pesando em mim e acabei me confundindo, pois andava confusa.
Não, não ando grossa e direta, eu sempre fui assim, só estava me escondendo dos outros porque assim me esconderia de mim, pensava eu, pelo menos. Não consegui me esconder de mim, não a essência. É aquela coisa que vive no nosso interior, no âmago do ser, a alma talvez. Não dá pra mudar isso ou se esconder dela, é pior que sombra... mesmo no escuro, ela continua lá com você.
Tanto tentei me esconder disso, de mim, que mais me perdia. Quando desisti de fugir, BOOM, cá estoy yo, tão bem como sempre estive, melhor que poderia estar - infeliz com a minha vida e com o que eu mesma fiz com ela, como sempre - ninguém à culpar, ninguém de quem me esconder.
E agora só o que tenho é dor nas costas, e que dor... céééuss.
E raiva... não de mim, claro, mas das pessoas, aí sim... raiva de quem prometeu estar lá quando eu precisasse e não estava. Não estava porque o mundo não gira ao meu redor, as pessoas tem suas vidas e seus problemas, e tem mais é que cuidar disso mesmo. E eu? E eu que me dane, eu digo.
Não vou dizer
"Eu não preciso de você, eu não preciso de ninguém!" porque é mentira, preciso sim.
Preciso de companhia às vezes, de um afago amigo, mas se não tenho, eu que me dane!
Às vezes tenho vontade de
apelar, se é que isso é apelar, dizendo pra alguém "Ah, você vai vir pra cá, é? Bom, qualquer coisa me liga... ou a gente se vê por aí né..." - E então eu fico à procura da pessoa onde ela estiver, sabendo que ela está lá, e quando a vejo, vou perto o suficiente pra que ela me veja e finjo que não a vi, até ela vir até mim. Isso é apelar por companhia? Se for, quase fiz isso, mas não o fiz.
Ah, enfim... estou só desabafando aqui, porque não tenho com quem conversar, e olha... por mais calada que eu seja, eu gosto de conversar. Por mais solitária que eu seja, gosto de alguma companhia às vezes. Como diria aquele esquizofrênico simpático que conheci à anos, nem me lembro seu nome, mas me lembro de seu rosto simpático e cheio de sinceridade,
"Sou só um ser humano, o que eu posso fazer? Sou só um ser humano... desculpa, mas sou só um ser humano!". Rapaz... ele vivia dizendo isso, pra tudo que dizia e fazia, seria mais hilário se ele não tivesse sido abandonado na casa de cuidados psiquiátricos pela família.
Mas enfim... é só isso por enquanto.

E aí... será que é isso? No fim das contas,
somos só seres humanos, o que podemos fazer?

Eu tenho problemas como qualquer um, mas tenho um em especial. Dizem que sou extremamente exigente, mas não acho que eu seja... o problema é que eu quero MUITAS coisas simples, sonhos, desejos, coisas pequenas e simples... por isso pareço exigente. Eu escrevo e escrevo muitas coisas aqui, eu falo muitas coisas, que parecem coisas pensadas, super importantes, mas pra mim nem são. São qualquer coisa que se passa em minha cabeça e eu sei lá porque resolvo compartilhar com as pessoas, e as pessoas não entendem, assim me achando uma pessoa super inteligente, que entende tudo de tudo e sempre tem super assuntos complexos... então além de exigente, eu pareço uma nerd que se diverte mais lendo livros e conversando com o avô do que saindo pra beber com amigos e ir pra balada. Okay, eu prefiro um bom livro e vou todos os dias na casa do meu avô pra assistir jornal e discutir sobre as matérias, conversar sobre coisas do passado dele e minha opinião sobre isso. Amigos... essa palavra me corrói às vezes. Afinal, o que são amigos? Aquelas pessoas com quem eu saía pra festas, enchia a cara na faixa graças à eles, sempre tinha onde ir, não importava onde fosse. Mas que estavam ocupadas demais fazendo o mesmo enquanto eu estava sozinha em casa triste da vida precisando de um ombro pra chorar. Que, por mais que não precisasse, estavam ocupados demais se divertindo em churrascos no sábado que meu pai morreu pra virem até minha casa dar os pêsames? Que preferiram continuar bebendo naquele bar na noite que minha mãe me ligou desesperada me pedindo pra voltar pra casa porque minha avó havia morrido e ninguém tinha avisado por um erro do hospital, e alguém precisava ficar com meu irmão e ir até a casa do meu avô contar pra ele, pois o hospital achou melhor avisar minha mãe antes...? É, amigos... belos amigos, Bo! Não. Meu amigo queria que eu largasse tudo o que eu estava fazendo pra ir contar pro meu avô porque achava que eu era a melhor pessoa pra isso, mas eu não era então pedi pra simplesmente ficar com ele, e ele ficou comigo. A primeira vez que eu abri a boca pra falar o que eu realmente senti em relação à morte de meu pai foi com meu amigo, que ao invés de me consolar, me deixou botar tudo pra fora e mesmo sem eu pedir, ele me deu naquele momento o que eu mais precisava, um pouco de silêncio. Meu amigo me deu algo que eu nunca tive... um Natal acompanhada de alguém que gosto, ele. Até então, passei todos os natais em casa sozinha no quarto assistindo o mesmo episódio antigo de The X-Files. Não me importo com datas comemorativas, na verdade não comemoro nada, nem mesmo meu aniversário, mas no fundo era algo que eu sempre quis, passar um Natal com alguém com quem me importo e que se importa comigo. Ele me deu isso. Meu amigo me ouviu quando precisei falar e eu o escutei quando ele precisou falar. Meu amigo me mostrou, sem querer nem perceber, que eu sou capaz de amar alguém de uma forma praticamente indescritível. Eu o amo como homem, como amigo, como irmão, como pai. Como a pessoa de quem eu sentiria saudade mesmo se não o conhecesse. Enfim. Essas coisas que escrevo, que dizem "nossa, você escreve muito bem!", não são nada além de palavras amontoadas que saem da minha cabeça diretamente pra cá, uma vez que não tenho diário, e como disse, parecem coisas pensadas, mas não é nada importante... mas enfim, as coisas que eu digo as vezes tem certa repercussão, mas e daí? Como digo pros Testemunhas de Jeová e pessoas do tipo que vem em minha casa encher o saco, não é o suficiente pra você saber que eu vou queimar no inferno? me deixa em paz...
Eu abandonei todos esses sites pra fotos e bla bla bla, menos um fotolog no qual não posto fotos minhas, e quando posto, apago em seguida. sempre tentei passar a imagem de alguém descolada e animada e tudo mais, mas quando fui ver posts antigos e vi que tudo não passava de uma grande mentira, aderi ao blog e apaguei tudo no fotolog e flickr também. não sou feliz e como ninguém tem nada com a minha vida, que me achem uma pobre coitada infeliz. se pensarem o contrário, nada em mim vai mudar mesmo...