I'm a real nowhere lady. Sitting in my nowhere land. Making all my nowhere plans for nobody...
-No meu ponto de vista, este ser onipotente, onipresente e onisciente é deveras maligno, sarcástico, egoísta, ludibriante, sádico.
Se alguém o viu como é ou chegou o mais próximo disso, criou uma (mentira) história bonita para que a humanidade não perdesse as esperanças, ou para desviar seus olhares da cruel verdade.
Escreveu e vendeu um manual* ditando regras que fariam do mundo o lugar que este gostaria que fosse. Que faria das pessoas aquilo que ele esperava que elas fossem por si só.
E a humanidade o comprou.
Era uma época difícil, as pessoas precisavam crer em algo bom, algo além do mundo insensível em que viviam.
E isso durou, dura até hoje.
E vocês, meus caros, tolos!
-Ou então, seu Deus nunca existiu.
Alguém.
Se não viu, mentiu.
Talvez este homem, este contador de histórias, seja o próprio Deus.
Neste caso, afirmo, Deus está morto.
*Manual de como contar uma grande mentira na qual todos acreditarão. Vide A Bíblia Sagrada.
A música que me acompanha a cada momento
Sinto-me doente.
Não sei se foi o remédio que tomei, o banho, o frio, não ter comido nada ainda (20:13) ou a voz da Loreena.
Essas músicas...
Tenho um pesado fardo a carregar, minha cruz, meu demônio interior...
Fardo que eu escolhi carregar pro resto da vida, algo pelo qual eu vou sofrer não só a vida inteira, mas todos os dias... Todo o tempo.
Ninguém sabe como é, nem mesmo quem carrega um sofrimento como este, nem mesmo quem aparentemente o divide comigo.
Cada sofrimento é único, íntimo, pessoal. Vem lá do âmago de cada ser.
Ele é só seu, só você pode saber o que fazer com ele... Tentar esquecer, passar por cima, colocar de lado ou senti-lo.
E somente o ser pode escolher como senti-lo. E eu sinto tudo... Principalmente a dor.
É aquela velha sensação de estar no lugar mais lindo do mundo, onde desejou a vida inteira estar, e mesmo assim se sentir no lugar errado.
Procurar por algo que não está em lugar algum.
É não conseguir me lembrar do ultimo olhar, por mais que eu tente.
E eu tento... Tento todos os dias da minha vida me lembrar daquele ultimo momento, o que eu estava pensando, sentindo... O que se passava por sua cabeça.
É me lembrar do sorriso em cada momento oportuno.
É o desejo de lhe mostrar o mundo aí fora.
É o perfume que eu ainda consigo sentir.
É a dor no peito e a falta de ar,
A garganta que se fecha e o corpo que estremece.
É não sentir que a vida vem em vão.
É perder o fôlego e escutar seu próprio coração como se ele batesse do lado de fora.
É sentir a areia nos meus pés, a brisa gelada tocando meu corpo nu enquanto danço desvairadamente e sem parar a mesma música sob a luz da Lua Cheia.
É segurar o vento e dar um nó na água.
Querer, sem querer.
É odiar seus piores defeitos, pois são os meus também.
É fingir que está tudo bem, combater a solidão com sorrisos falsos.
Também queria mostrá-lo pro mundo inteiro.
É aprender e também ensinar.
É saber que se fosse ao contrário, seria assim, simples assim.
É rir por desespero.
É sangrar por saudade.
É chorar até atingir um estado de torpor.
É aquilo que os olhos não vêem, mas principalmente, é aquilo que as palavras não podem descrever.
É aquilo que fez o tempo parar.
Faça assim:
Esqueça suas vestes de ouro e corra nu pelas ruas!
Sentes seus pés descalços tocando o chão?
E seu corpo, vitima da brisa incisiva que tenta tomar-te em seus braços.
É um frio traiçoeiro, cujos segredos acobertados pela noite... a luz jamais ousaria tocar.
